Muito se tem falado disto desde que o novo Governo tomou posse: medicamentos, genéricos, preços.
A polémica começou há cerca de seis meses, no discurso de tomada de posse de José Sócrates, e ainda não desapareceu das "primeiras páginas" da actualidade.
A questão geral já teve vários pontos de análise, que têm dado “pano para mangas” (especialmente a questão dos medicamentos – quais, porquê e como – a vender fora das farmácias), mas agora o último “tópico” de discussão tem a ver com o preço.
O ministro da Saúde prometeu que, a partir de Outubro, os medicamentos iriam descer 6%, enquanto os genéricos vão subir 4% (porque o Executivo termina com o subsídio aos mesmos). Obviamente que a Associação Nacional de Farmácias já veio queixar-se e, mais do que isso, acusar o Governo de estar a mentir.
Não vou aqui, até porque não tenho todos os dados, avaliar quem tem razão. Há, no entanto, algumas questões que me preocupam…
Em primeiro lugar, parece-me positivo (essencial até) que se baixem os preços dos medicamentos. O país tem dos preços mais altos da Europa e isso não é nada compatível com o nosso poder de compra.
Em segundo lugar, os genéricos são uma boa ideia, sendo mais baratos, desde que, obviamente, seja garantida a qualidade.
O que me parece um contra-senso é que haja genéricos de marca. Convém não esquecer que o que diferencia os medicamentos dos genéricos e faz descer o preço é a não existência de marca.
Por outro lado, há uma acusação que convinha esclarecer: consta que as farmácias e os laboratórios compraram todos os stocks para continuarem a negociar com os preços antigos.
Vamos ver o que vai acontecer quando terminar o período de “duplo preço”. Vamos ver quem tem mais força: o Governo ou a ANF.
sábado, setembro 24, 2005
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