domingo, dezembro 31, 2006

Saddam executado

Apesar da pressão internacional, Saddam Hussein foi mesmo enforcado na madrugada de dia 30, às seis da manhã, hora local.

Percebe-se a escolha do dia: fim-de-semana e feriado no Iraque para tentar não levantar muitas "ondas".

O Governo do Iraque, certamente pressionado pela Administração Bush, seguiu mesmo a teoria do "olho por olho, dente por dente", usando uma estratégia digna de qualquer "western norte-americano", estratégia essa indigna de uma sociedade que se quer democrática em pleno século XXI.

Não há a mínima dúvida que Saddam Hussein era um ditador sanguinário, que matou e mandou matar milhares de pessoas, mas nada do que fez justifica a morte por enforcamento.

Ao obrigar à execução de Saddam, George W. Bush cometeu (mais) um erro grave na sua Administração: não é esta morte que vai resolver a questão do Iraque e certamente vai até agravar a situação em termos militares.

Bush está metido não num deserto, mas num pantanal, onde se está a afundar cada vez mais a cada dia que passa.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Curtas e Grossas

Face aos muitos afazeres profissionais, "visíveis dentro de dias numa página perto de si", não tem sido possível actualizar o site como ele devia e merecia.

Para fazer face ao "atraso" vamos fazer um resumo, uma espécie de "várias em um", com alguns dos temas que estiveram em destaque nos últimos tempos.
  • Saddam Hussein foi condenado à morte num julgamento algo duvidoso que teve o final esperado. Face ao que se passou e à pressão internacional, acredito que o veredicto seja alterado.
  • Donald Rumsfeld pagou o "pato" pela derrota dos Republicanos nas eleições intercalares dos Estados Unidos e foi substituido por Robert Gates, amigo da família Bush. Prometem-se alterações na política norte-americana para o Iraque. Aguardemos...
  • Apesar de alguns receios prévios, correu bem a visita de Bento XVI à Turquia e a situação parece ter acalmado.
  • A "estória" dos voos da CIA e a passagem por Portugal continua mal explicada e com muitas "pontas soltas".
  • O Governo alterou a política fiscal em relação aos deficientes. Concordo que se dê mais a quem precisa, discorda que se faça isso à custa de outros deficientes.
  • A banca foi um bocadinho apertada com as medidas do Governo, mas podia ter-se ido mais longe.
  • Foi histórico o acordo tripartido para o salário mínimo. É bom, de quando em vez, dar boas notícias.
  • Maria José Morgado vai "arbitrar" o caso Apito Dourado. O processo está muito bem entregue, esperemos que a procuradora-geral adjunta possa trabalhar à vontade.

PS: Já agora, Bom Natal.