segunda-feira, julho 11, 2005

Tiro ao Alvo... a banhos

Nas próximas semanas, o "Tiro ao Alvo" vai estar "numa praia perto de si" e incontactável por qualquer via informática.

Reabriremos nos primeiros dias de Agosto com "pontaria afinada" ao que se for passando "no país e no mundo".

Sim, porque eu "vou andar por aí"...

sábado, julho 09, 2005

Big Bang

Voltámos a ser sobressaltados com mais um atentado cobarde que fez dezenas de vítimas em Londres.

Mais uma vez morreram pessoas inocentes que só queriam ir trabalhar e que nada têm a ver com questões políticas, religiosas, ou outras.

Seja qual for a “razão” dos terroristas nada (mesmo nada) justifica que se matem civis só para “dar espectáculo”.

Para além de tudo o mais, há dois aspectos que me chocam especialmente: a impotência em responder perante um ataque deste tipo (não é possível controlar as milhares de pessoas que andam a toda a hora nos transportes públicos) e a tremenda frieza dos homens que comandaram e executaram esta operação (o que lhes interessa é matar e matar muito, independentemente de quem possa ser).

Sinceramente, não sei como “isto” se poderá resolver e agora até já tenho dúvidas que tenha alguma coisa a ver com a presença das tropas internacionais no Iraque (que foram e são, obviamente, um erro, mas que não podem justificar tudo).

Depois das Torres Gémeas, de Bali, Madrid e, agora, Londres, infelizmente, a única certeza que temos é que, mais tarde ou mais cedo, “eles” vão voltar a atacar… só não se sabe quando e onde.

O que também me parece é que, agora, depois da “casa arrombada" é escusado que se faça muito “show-off” com as “trancas na porta”.

Por aquilo que já se viu, a Al-Qaeda (tudo parece indicar que é esta a assinatura) ataca quando menos se espera, nos sítios e situações comuns da vida quotidiana.

Está confirmado que, desde Setembro de 2001, foram evitados na Europa dezenas de atentados, o problema é que os terroristas não têm pressa e, pior do que isso, basta-lhes ir marcando um “golo” de quando em vez.

PS: Não sei se é apenas coincidência mas o certo é que, dos países que participaram na cimeira das Lajes, o único que ainda não foi atacado foi Portugal.

quarta-feira, julho 06, 2005

O outro “69”

Na próxima sexta-feira, milhões de pessoas em vários países da Europa vão estar em suspenso à espera dos “números” e das “estrelinhas” do Euromilhões.

Este novo concurso europeu bate todos os recordes e oferece esta semana 69 milhões de euros (quase 14 milhões de contos).

Antes de continuar, deixem-me só esclarecer que não tenho nada contra o jogo legal (nem este, nem qualquer outro) e que sei que este até está concessionado à Santa Casa da Misericórdia, o que permite ajudar pessoas com problemas.

No entanto, é só esta a minha questão, parece-me que dar 14 milhões de contos a alguém que acertou umas cruzinhas, parece-me um exagero, quase diria uma obscenidade.

Especialmente quando se sabe que o país está em crise e há tanta gente, milhares de pessoas, com dificuldades.

Por outro lado, há ainda o outro lado da moeda para quem ganha uma quantia tão alta: os “amigos” que aparecem e que, por exemplo, até obrigaram duas famílias portuguesas (novos Euromilionários) a desaparecer.

Não sei se “isto” algum dia pode ser alterado (eventualmente com um “tecto monetário” para os apostadores e o resto entregue a ONG), mas o que é certo é que esta é uma questão que me perturba.

domingo, julho 03, 2005

Vale a pena pensar nisto…

Uma criança morre de fome a cada 3 (três) segundos, 50 mil pessoas morrem diariamente em todo o mundo em estado de extrema pobreza.

Foi para tentar chamar a atenção para estes números absolutamente trágicos que, este sábado, dezenas de bandas ao vivo, em 10 palcos espalhados pelo mundo, milhares de pessoas "in loco" e muitos milhões pela televisão se juntaram numa acção sem precedentes para tentar acordar o Planeta para este GENOCÍDIO.

Sim, porque “isto”, que está a acontecer não tem outro nome.

O Live8, organizado por Bob Geldof, juntou, para além de milhões de anónimos, muita gente da música, mas também pessoas importantes da sociedade e da política (Kofi Annan, Nelson Mandela, Bill Gates, Angelina Jolie e muitos, muitos outros).

Agora, é preciso, é essencial, é obrigatório que os “Senhores do Mundo” ouçam este apelo e que, na bela Escócia, a partir de dia 6, o G8 (os oito países mais ricos do Mundo) passem das palavras aos actos e comecem por duas coisas simples: o fim da dívida externa aos países mais pobres e o aumento efectivo da ajuda.

E que não venham com a “estória” de que “estamos em crise e que não há dinheiro”.
Para acabar com a pobreza no mundo é necessário muito menos dinheiro do que, por exemplo, já custou, até agora, a guerra no Iraque.

Nós, comuns mortais, também podemos ajudar, à nossa medida, as várias ONG que por aí andam a apoiar quem precisa, mesmo no nosso país de quase meio milhão de desempregados.

sexta-feira, julho 01, 2005

O sítio em que vivemos II

Um amigo costuma dizer que “nós não vivemos num país, vivemos num sítio (mal frequentado)”. Infelizmente, cada vez há mais exemplos de que ele tem razão.

Estamos a pouco mais de três meses das eleições autárquicas, que devem realizar-se a 9 de Outubro, mas há já candidaturas que marcam bem o que é o nosso país.

Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro e Avelino Ferreira Torres são quatro exemplos do que não deveria acontecer num país “civilizado” como o nosso.

Qualquer dos quatro personagens é arguido em processos que estão a decorrer em tribunal (aliás a senhora Felgueiras até está foragida à justiça), mas isso não os impediu de concorrerem a mais um mandato.

É a demagogia, o populismo e a falta de vergonha ao seu mais alto nível…

Mas o que é (ainda) mais incrível é que, apesar de tudo o que são acusados, qualquer um destes candidatos tem fortes hipóteses de ganhar a respectiva autarquia.

Volta a surgir a questão: “Como é que é possível?”

É certo que, até prova em contrário, todos são inocentes, mas a verdade é que, se isto fosse um país e não um “sítio”, nenhum dos quatro poderia, com a calma olímpica com que o fazem, concorrer a estas eleições.

Há vários exemplos, até mesmo em Portugal, de políticos que, por muito menos do que isto, fizeram retiradas estratégicas ou períodos sabáticos até que tudo ficasse devidamente esclarecido.

2+2= 5

Se dúvidas existiam, aí está mais uma prova de que os portugueses não sabem fazer contas…

Depois das “discrepâncias” do Ministério das Finanças no Orçamento Rectificativo, agora ficou a conhecer-se a “gralha” da equipa do Banco de Portugal em relação ao cálculo do défice.

Até novos erros, o défice é de 6.72 e não 6.83%.

Era capaz de não ser má ideia pedir (estou a ser simpático) aos senhores economistas que fizeram (mal) estas contas que regressem aos bancos das escolas.

Após mais estes dois casos (graves) já começo a duvidar que este nosso problema com a matemática tenha solução.

Se calhar é genético…