sexta-feira, julho 01, 2005

O sítio em que vivemos II

Um amigo costuma dizer que “nós não vivemos num país, vivemos num sítio (mal frequentado)”. Infelizmente, cada vez há mais exemplos de que ele tem razão.

Estamos a pouco mais de três meses das eleições autárquicas, que devem realizar-se a 9 de Outubro, mas há já candidaturas que marcam bem o que é o nosso país.

Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro e Avelino Ferreira Torres são quatro exemplos do que não deveria acontecer num país “civilizado” como o nosso.

Qualquer dos quatro personagens é arguido em processos que estão a decorrer em tribunal (aliás a senhora Felgueiras até está foragida à justiça), mas isso não os impediu de concorrerem a mais um mandato.

É a demagogia, o populismo e a falta de vergonha ao seu mais alto nível…

Mas o que é (ainda) mais incrível é que, apesar de tudo o que são acusados, qualquer um destes candidatos tem fortes hipóteses de ganhar a respectiva autarquia.

Volta a surgir a questão: “Como é que é possível?”

É certo que, até prova em contrário, todos são inocentes, mas a verdade é que, se isto fosse um país e não um “sítio”, nenhum dos quatro poderia, com a calma olímpica com que o fazem, concorrer a estas eleições.

Há vários exemplos, até mesmo em Portugal, de políticos que, por muito menos do que isto, fizeram retiradas estratégicas ou períodos sabáticos até que tudo ficasse devidamente esclarecido.

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