quarta-feira, janeiro 17, 2007

Os melhores portugueses

Aproveitando a "boleia" da RTP, também o "Tiro ao Alvo" deixa para a posteridade a sua opinião, obviamente discutível, sobre os melhores portugueses.

Para já, uma "prenda" para quem nos visita. Fica uma vaga para preencher quem quiser com quem quiser.

Assim, e sem nenhum hierarquia especial, aqui ficam 9 Grandes Portugueses:
  • Afonso Henriques
  • D. João II
  • Infante D. Henrique
  • Camões
  • Fernando Pessoa
  • Aristides Sousa Mendes
  • Salgueiro Maia
  • Amália
  • Eusébio

Claro que há escritores fantásticos, políticos de relevo, desportistas de excepção, artistas, cientistas... enfim, um sem número de personalidades que poderiam constar desta lista, mas isso só demonstra que, em mais de 800 anos de História e de "estórias", muito foi feito neste e por este país que é o nosso.

domingo, janeiro 14, 2007

Justiça cega!?

Luisão foi apanhado a conduzir com 1.44 de álcool no sangue - e isso é grave, tão grave que é crime.

O jogador veio explicar o que aconteceu no seu dia de folga, assumir responsabilidades e lamentar que um caso da sua vida privada possa prejudicar, de alguma forma, o Benfica.

Este é um aspecto da questão, e o defesa-central já confirmou que vai ser castigado monetariamente pelo seu clube.

Agora, vamos ver o outro lado do problema:

Num país em que as mortes na estrada são uma autêntica “guerra civil”, há duas coisas que, para mim, são indiscutíveis: quem conduzir não pode beber, sendo figura pública a responsabilidade é ainda mais agravada.

A questão é simples: Se fosse o “Zé Ninguém” a ser parado com esta taxa de álcool no sangue seria detido, ficaria detido e, seguramente, com a carta apreendida.

Tendo sido o Luisão, figura pública, jogador do Benfica, o que é que foi decidido: mantém a carta e cumpre 40 horas de trabalho comunitário.

Fica a questão: como é possível?!

Esta decisão do juiz que acompanhou o caso é, em minha opinião, (ainda) mais grave porque, num país democrático, a justiça não pode ter duas caras, nem decisões de excepção.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Guantanamo

A prisão norte-americana em Guantanamo já fez cinco anos e sobrevive sob o pretexto da "luta contra o terrorismo".

Neste período negro, 775 pessoas estiveram detidas nesta cadeia cubana e nenhuma foi condenada formalmente pelos Estados Unidos por qualquer crime.

Os detidos são tratados sem as mínimas condições, desrespeitando os direitos humanos e o que é incrivel é que este escândalo continua, à luz do dia, sem que se tome uma posição firme exigindo o encerramento deste estabelecimento.

Para lembrar esta vergonha, a Amnistia Internacional escreveu esta carta a George W. Bush, o "pai" desta tragédia.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Impostos para todos

Depois de vários anos sem pagar impostos e três de regime de excepção, eis que os jogadores de futebol chegam a 2007 com a obrigatoriedade de pagar impostos sobre a totalidade dos rendimentos, como qualquer contribuinte normal.

A medida já era conhecida e esperada, mas, agora que entrou em vigor, levantou logo polémica com o sindicato de jogadores a admitir uma greve e o presidente da Liga a apelar à calma mas a colocar-se do lado dos atletas.

Para mim a questão é simples: os jogadores de futebol devem receber o que têm direito por contrato e pagar os impostos respectivos, como qualquer um.

Os impostos consoante o que se recebe e, portanto, não se corre o risco de ser injusto. A percentagem que é "tirada" tem a ver com o que se aufere e, assim, quem ganha mais paga mais, quem recebe menos paga menos. Justo.

O argumento que o futebol é uma profissão de desgaste rápido não colhe. Primeiro, aos 35 anos, os jogadores não ficam incapacitados para continuar a trabalhar (treinadores, empresários de futebol e não só, comentadores, jornalistas, relações públicas, etc, etc); segundo se acham que não tem futuro a profissão de futebolista, têm bom remédio e vão fazer outras coisas.

Para mim, profissão de risco é ser, por exemplo, mineiro e a esses, sim, entendo que deveriam ser dadas melhores condições de vida.

Tenho apoioado Joaquim Evangelista e o sindicato na luta que têm feito (e bem) para que os jogadores recebam o salário a que têm direito, não posso estar de acordo com este pedido de excepção no que diz respeito aos impostos.

Soluço

Após meses de "namoro", com muitos "abraços e beijinhos" de ambas as partes, eis que Cavaco Silva coloca alguns pontos nos "ii" e deixa claro ao Governo, no discurso de Ano Novo, que quer resultados concretos.

Depois de ter deixado o PSD "embuchado" - a seguir à entrevista na SIC Notícias -, o Presidente terá deixado, agora, José Sócrates com um friozinho no estomago ao apontar-lhe as três prioridades para 2007: Economia, Justiça e Educação.

Estas até podiam ser já - em tese - as prioridades do Executivo PS, mas o facto de ter sido o Chefe de Estado a deixá-las de forma tão clara pode criar problemas aos socialistas.

Só passou um ano de convivio, vamos ver como correm os próximos tempos, mas não é crivel que o namoro termine, pelo menos para já.

Por um lado, Sócrates tem bastantes semelhanças a Cavaco, por outro Cavaco não vai querer levantar muitas ondas já porque quererá uma reeleição tranquila.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Borda d´´água

O primeiro post do ano devia ser bem-disposto, de esperança no futuro, confiante, mas não vai ser.

Estou para escrever sobre isto desde que a tragédia aconteceu, mas tenho estado à espera de explicações que me convençam. Como estas ainda não apareceram (nem estas nem outras), sinto-me obrigado a falar já.

Como é possível que morram seis pessoas num barco, com a praia à vista, sem que os socorros tenham conseguido salvar mais do que um tripulante que, por milagre, se segurou à vida durante mais tempo do que humanamente seria espectável?

Porque demorou horas o helicóptero a chegar? Porque razão a Capitania apareceu no local sem meios de salvamento? Porque não conseguiram os bombeiros fazer mais e melhor?

Nesta altura não é importante saber se o barco estava em águas onde não devia estar, nem é importante saber se os pescadores tinham ou não colete.

Isso é para ver depois...

Vamos ver como termina o inquérito (habitual nestas situações) pedido pelo ministro da Defesa.

É com situações como esta que Portugal me mete aflição (para não usar uma expressão pior).