Afinal, Manuel Alegre avança mesmo com a candidatura à Presidência da República.
Continuo a achar que o deputado-poeta faz bem em "ir a jogo", por todas as razões e mais uma: tinha sido o primeiro a mostrar disponibilidade, tinha até recebido o apoio de Mário Soares e ficava-lhe, agora, mal desistir em nome da "unidade da esquerda" ou da "não divisão do PS".
Manuel Alegre é conhecido pela sua coragem política, por dizer e fazer sempre aquilo que pensa, por estar muitas vezes contra a corrente, mesmo contra o seu próprio partido (vide o processo da co-incineração de Sócrates) e este recuo na corrida a Belém não encaixava no perfil.
Não sei porque teve esta hesitação entre o primeiro discurso e o avanço confirmado no sábado, ou melhor dizendo, não sei porque, afinal, decidiu mesmo avançar.
Talvez porque esperava uma "vaga de fundo", talvez porque não gostou de algumas reacções internas ou talvez porque algumas sondagens "dizem" que, só com Alegre na corrida, Cavaco não terá maioria absoluta à primeira volta. Talvez...
Tinha ficado desiludido com a primeira decisão de Alegre. Estou, por isso, agora, contente com a segunda.
Como já disse e repito: tem o meu voto na primeira volta.
segunda-feira, setembro 26, 2005
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