sexta-feira, junho 24, 2005

Serviços máximos, direitos mínimos…

Sinceramente, não sei se os professores têm razão para as greves que fizeram esta semana. Há, no entanto, dois pontos que gostaria de deixar claros.

Em primeiro lugar, tenham ou não tenham razão, defendo que os professores devem cumprir “serviços mínimos”, especialmente se as paralisações afectarem exames nacionais.

No entanto, o que já não me parece bem e, aliás, até me parece perigoso, é que o Governo imponha “serviços mínimos”, que são, na verdade, “serviços máximos” (todos os professores foram chamados às escolas).

A piorar ainda mais esta situação está o facto de, alegadamente, o Executivo ter enviado cartas aos conselhos directivos a pedir os nomes dos “professores faltosos”.

O Primeiro-ministro disse hoje, no debate mensal no Parlamento, que os professores “abandonaram os alunos”.

A confirmar-se a existência da carta e a possibilidade dos docentes serem castigados, este pode ser um grave passo atrás e um perigoso recuo na vida democrática do país.

O direito à greve não pode ser posto em causa.

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