Aproveitando a Cimeira Ibero-Americana, o Presidente da República falou com o seu homólogo venezuelano sobre o caso do piloto Luís Santos.
Jorge Sampaio terá falado sobre o processo e pedido a Hugo Chavez para interceder junto das autoridades judiciais.
É certo que este caso está “enguiçado”, o julgamento já foi adiado mais de 20 vezes, mas não parece “correcto” (para não dizer pior) que o Chefe de Estado tente meter uma “cunha”.
Numa Democracia, que Portugal e Venezuela dizem ser, seria estranho se tudo se resolvesse com a intervenção de um qualquer Chavez ou Sampaio.
Há – tem que haver – separação de poderes: à Justiça o que é da Justiça, aos Governos o que é dos Governos.
Era dispensável ter que ouvir Hugo Chavez dizer isso mesmo em declarações aos jornalistas e era também escusado termos, depois, sabido que há, cá em Portugal, vários casos iguais, semelhantes ou ainda piores que o do co-piloto da Air Luxor.
É que nós nesta matéria não somos, seguramente, exemplo para ninguém. Já se sabe que a Justiça em Portugal não funciona – e esse é um dos maiores cancros da nossa sociedade – e temos exemplos que davam para preencher uma lista telefónica.
Deixo só o último exemplo: Carlos Silvino vai ter que ser libertado em breve porque já passaram os três anos de prisão preventiva, sem que o processo Casa Pia chegasse ao fim.
quarta-feira, outubro 19, 2005
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