Mais de 11 milhões de pessoas saíram à rua por toda a Espanha, numa impressionante manifestação de unidade, contra os terríveis atentados de Madrid.
Não há causa (ideológica, religiosa ou outra) que justifique a barbárie a que assistimos na manhã de 11 de Março. Morreram, pelo menos, 200 inocentes e mais de 1400 estão ainda internados. Ninguém pode defender tal acto.
É incrível o que aconteceu e, ao saber que mais 10 bombas podiam ter explodido, deixa de ser mensurável o sentimento de insegurança, já mesmo à nossa porta.
A impotência perante uma cobardia como esta é total e só nos resta esperar que os terroristas da Al-Qaeda não cumpram as ameaças de novos ataques, sejam eles nos Estados Unidos e Itália (como já está “prometido”) ou até, quem sabe, em Portugal.
Tem-nos sido prometido por Bush e seus aliados que a chamada “luta contra o terrorismo” está a tornar o mundo mais seguro.
Dois anos e meio depois dos atentados às Torres Gémeas e ao Pentágono e após duas guerras já “ganhas”, salvo melhor opinião, não acho nada que a situação esteja melhor.
Não sei como é que “isto” se resolve, mas duvido que novas guerras contra os países do “Eixo do Mal” - ou outros - sejam a solução. Os senhores do poder talvez devessem começar por investir, a sério, na questão da Palestina e deixar de pensar só nos cifrões do petróleo.
Agora, a Espanha tenta reagir e, na véspera das eleições legislativas, voltou a sair à rua para exigir que o Governo de Aznar mostre tudo o que sabe e não esconda nenhuma informação sobre os atentados.
“Antes do voto, queremos a verdade” – gritou-se hoje em várias localidades à medida que se foi tornando claro que, afinal, tinha sido a Al-Qaeda a autora dos atentados.
O Governo está desde quinta-feira a culpar a ETA e, agora, todos querem saber se o Executivo escondeu informações, com medo de perder as eleições.
Depois da barbárie dos atentados, seria grave que um qualquer Governo se aproveitasse dos mesmos só para se manter na “cadeira do poder”.
Esperemos que toda a verdade venha ao de cima e que se saiba tudo o que realmente se passou.Esperemos que não nos andem a enganar a todos...
A confirmar-se que foi a Al-Qaeda, a questão deixa de ser local, passa a ser mundial e todos, mesmo todos, passam a estar em risco.
Esperemos que os piores cenários não se concretizem para que, o mais rapidamente possível, a tranquilidade volte e possamos viver em PAZ.
domingo, março 14, 2004
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