Mais uma vez o mundo desportivo interfere com o mundo da política.
Desta vez, a bola vai conseguir fazer com que os nossos deputados se levantem mais cedo da cama e façam a sessão parlamentar de dia 21(*) da parte da manhã e não de tarde, como habitualmente.
Esta é a segunda vez que os nossos deputados se levantam cedo para ir trabalhar: a primeira foi, há uns anos, por culpa de Belmiro de Azevedo e, portanto, é digna de nota.
Por um lado lamento que os nossos deputados (talvez por serem o espelho do país) só se mobilizem por causa do futebol, e pouco mais. Que bonito seria ver os nossos deputados a trabalharem, com vontade, para bem do país.
Por outro lado, apesar de tudo, prefiro esta solução (que finta os horários) a mais uma escandalosa falta colectiva que se estaria certamente a preparar. O que já me custa mais a entender é a facilidade e a ligeireza com que os nossos deputados assumem a "preferência futebolistica".
Quantos milhões de portugueses gostariam de ter a facilidade dos nossos deputados e a possibilidade de, a uma quarta-feira, não ir trabalhar para ficar a ver o jogo? Eu, certamente, seria um deles, mas não posso.
(*) Dia do Portugal - México, 15 horas, 3º jogo da primeira fase.
sábado, junho 03, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Os Srs. deputados deveriam ser dos primeiros a dar o exemplo.
Numa altura em que se fala tanto de produtividade, seria curioso avaliar os deputados nesse particular.
É o país que temos, e que de resto merecemos. Sei que o exemplo é radical, mas olhem para um qualquer governo israelita. Antigos primeiro-ministros são hoje ministros. Olhem o exemplo desse grande senhor que dá pelo nome de Shimon Peres. A prova da humildade suprema, um chefe pode voltar a ser mero funcionário. Em Portugal é mero funcionário/deputado, comporta-se pior do que um chefe. Viva Portugal.
Enviar um comentário