Alberto João Jardim não vai permitir que amanhã se comemore(*) oficialmente o 25 de Abril na Madeira.
Pior do que isso, o presidente do Governo Regional do arquipélago vai, ao que parece, festejar o “24 de Abril”, lembrando a ditadura e criticando a Revolução e os 32 anos de Democracia.
Por muito que custe a algumas pessoas (acredito que uma minoria), o dia que se comemora(*) amanhã é de fundamental importância para o nosso país.
É justamente graças a este dia e, claro, ao que ele representa, que alguém como Jardim pode dizer as alarvidades que diz e fazer o que faz, sem que nada lhe aconteça.
Já vamos no quarto Presidente da República e em não sei quantos líderes do PSD e todos têm assobiado para o ar como se nada fosse.
Por outro lado, para além do fundamental ganho de Liberdade, é preciso não esquecer que foi a partir daí (depois reforçado com a entrada na União Europeia) que Portugal se começou a desenvolver e a, aos poucos, recuperar o atraso provocado por quase 50 anos de “orgulhosamente sós”.
Obviamente que nem tudo correu como estava planeado, nem todos os “D” (Democratizar, Descolonizar e Desenvolver) do 25 de Abril se cumpriram como deveriam e há muito por fazer.
Na "Revolução dos Cravos" nem tudo foram "rosas" e, claro, todas as rosas têm espinhos.
Estamos, aliás, numa altura deveras complicada com quase 500 mil desempregados e, além disso, com o nosso país a ser precisamente o mais “desequilibrado” da União Europeia no balanço entre ricos e pobres e isso é muito preocupante.
Queria, já agora, aproveitar para homenagear os Capitães de Abril em geral e Salgueiro Maia em particular, um herói, infelizmente, algo esquecido.
(*) Reparem que escrevi “comemora”, não escrevi “assinala” ou “passa” e a escolha é intencional. Não patrocino a tentativa de branqueamento de um dos mais importantes dias da História de Portugal.
segunda-feira, abril 24, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário