Os políticos devem tomar as decisões que acham correctas para o país, muitas vezes, baseadas em estudos, pagos a peso de ouro.
Obviamente que os governantes não são obrigados a seguir os resultados dessas análises. No entanto, no caso de isso não acontecer, tem que haver razões fortes.
O que não deve e não pode acontecer é encomendar estudo atrás de estudo até que este dê o resultado que nós “gostamos”.
É, exactamente, para isso que servem os estudos: para se avaliarem as situações e, depois, deixar aos governantes a decisão final, supostamente a melhor para o país.
Vem isto a propósito de um estudo da Direcção Geral de Saúde, baseado em dados de 2003, que confirma que, salvo raras excepções, os hospitais-empresa são menos eficientes que os outros.
Ora, acontece que, apesar deste resultado, o modelo dos hospitais-empresa é o que também vai ser seguido por este Governo.
O que é incrível é que, sabe-se agora, devido ao resultado “madrasto”, afinal, este estudo não era para revelar… malditos jornalistas.
Pior, descoberta a fuga, o Ministério da Saúde vem desvalorizar e garante que, afinal, o importante será outro estudo encomendado a um economista, que se espera em Dezembro.
Porque raio estamos a insistir numa "fórmula" que, diz a DGS, não é o mais eficaz? Há alguém a ganhar muito com isto, seguramente. Eu cá tenho uma ideia de quem é.
Ficam as perguntas: se este novo estudo tiver a “coragem” de dar um resultado semelhante a este da Direcção Geral de Saúde, o que vai o Ministério fazer? Esconder o documento e encomendar outro? Assobiar para o ar? Mudar de política em relação aos hospitais?
Tem a palavra o ministro Correia de Campos…
sexta-feira, novembro 11, 2005
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