Agora é que eu percebo aquele meu professor que quando falava de défice (ou deficit) pronunciava qualquer coisa como: “defshit”.
Afinal, aquilo não era um problema de articulação de sílabas ou uma “pronúncia bem” era, simplesmente, uma premonição para o que se passaria anos depois.
Primeiro o PSD, agora o PS, vão chatear-nos, “ad nauseum”, com a “estória” do défice e que a coisa está mal e que temos que fazer sacrifícios… e tal.
Ora, com licença da expressão, “já não há cu para esta merda”.
Na altura da nossa “dama de ferro”, o “defshit” rondava os 4.5% e era um escândalo nacional, agora – dizem – o dito já deve andar à volta dos 7% (Vítor Constâncio o saberá, José Sócrates o dirá).
Sinceramente, não percebo nada de economia, o que duvido é que esta “shit” seja a questão mais importante do nosso país.
O Presidente da República já alertou para que “há vida para lá do défice”, mas parece que ninguém ligou.
O que eu sei é que há países com défice alto, que se estão a “cagar” para isso… O que eu sei é que há quase 500 mil desempregados em Portugal e isso é que é (muito) preocupante.
Outra coisa que me lembro é das promessas do PS durante a campanha eleitoral. Espero que os socialistas não cometam o mesmo erro do PSD que, há três anos, disse uma coisa e fez outra… foi aí, logo aí, o princípio do fim do Governo “laranja”.
Caso se tenham esquecido, Sócrates prometeu, entre outras coisas, não aumentar impostos e manter as SCUTS. E agora...
domingo, maio 22, 2005
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1 comentário:
Tenho a esperança que o Sócrates não vai avançar com medidas de choque, do género de aumentar o IVA.
As regras do PEC estão mais suaves, pelo que não temos de reduzir o "defshit" para 3% até ao fim do ano. Logo há a possibilidade de um plano menos doloroso para os portugueses.
E há muitos sítios onde ir buscar dinheiro. Só o dinheiro da fraude e evasão fiscal...
Além disso, o Benfica ganhou o campeonato e a economia vai por aí acima:)
Cheewaka
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