Fátima Felgueiras vai mesmo a julgamento no âmbito do chamado caso “saco azul”. O engraçado é que a senhora continua de "férias" no Brasil a rir-se na nossa cara.
A autarca é acusada de 28 crimes e de lesar o município em 785 mil euros. Entretanto, no despacho de pronúncia, a juíza deixou cair outros cinco crimes de corrupção passiva de que era acusada pelo Ministério Público.
A juíza Marlene Rodrigues fez o que tinha a fazer, o que é certo é que alguém falhou nesta “estória”…
A “menina do Rio”, em directo do Brasil, bem bronzeada, após ter conhecido o despacho de pronúncia, fez questão de colocar os “pontos nos ii”.
Fátima Felgueiras declara-se disposta a regressar a Portugal para ser julgada, mas só se for levantada a decisão de prisão preventiva.
Ora ai está, a senhora autarca é que manda: “fugi, estou aqui bem, ao solzinho, e volto se me apetecer e se me derem garantias de que não vou dentro”.
Esta não é a primeira fuga mediática para o Brasil (ainda não nos esquecemos do padre Frederico) e o reaparecimento televisivo de Felgueiras surge na mesma semana em que dois reclusos fugiram de duas cadeias portuguesas: um que veio estender roupa e outro que veio despejar o lixo.
O segundo caso então é gritante: o recluso, a cumprir o primeiro de 15 anos de cadeia, foi autorizado, com outro detido, a vir à rua deitar o lixo, acompanhado por 1 (um) guarda prisional.
Assim vai a justiça no nosso país… assim funciona o nosso sistema prisional.
sábado, março 19, 2005
domingo, março 13, 2005
Obrigado por serem quem são
Tomou posse este sábado o XVII Governo Constitucional. É nesta altura que eu quero deixar um agradecimento ao Executivo cessante.
Vamos ter saudades deles… Foram três anos de casos e casos que se agravaram nos últimos quatro meses de tutela santanista.
O que vai ser de nós sem o ministro Silva e o amigo Henrique Chaves? O que vai ser de nós sem Celeste Cardona e Nobre Guedes? O que vai ser de nós sem secretários de estado do desporto que têm medo de ir à bola e que têm vergonha de tutelar o serviço de protecção civil mas não se demitem? O que vai ser de nós sem “facadas nas costas”, “incubadoras” e “calimeros” (perdão, “meninos-guerreiros”)?
Não sei, mas vai ser duro…
Ficamos à espera que Santana Lopes volte à Câmara e que Portas recupere do choque da noite eleitoral.
A única boa notícia desta “estória” é que, seguramente, vamos voltar a ter um Luís Delgado ao seu melhor estilo, assim Sócrates e “sus muchachos” colaborem com ele.
Vamos ter saudades deles… Foram três anos de casos e casos que se agravaram nos últimos quatro meses de tutela santanista.
O que vai ser de nós sem o ministro Silva e o amigo Henrique Chaves? O que vai ser de nós sem Celeste Cardona e Nobre Guedes? O que vai ser de nós sem secretários de estado do desporto que têm medo de ir à bola e que têm vergonha de tutelar o serviço de protecção civil mas não se demitem? O que vai ser de nós sem “facadas nas costas”, “incubadoras” e “calimeros” (perdão, “meninos-guerreiros”)?
Não sei, mas vai ser duro…
Ficamos à espera que Santana Lopes volte à Câmara e que Portas recupere do choque da noite eleitoral.
A única boa notícia desta “estória” é que, seguramente, vamos voltar a ter um Luís Delgado ao seu melhor estilo, assim Sócrates e “sus muchachos” colaborem com ele.
sábado, março 12, 2005
Civilidades…
O líder do PP disse, na noite das eleições, que em nenhum “país civilizado” a distância entre os “democratas-cristãos” e os “trotskistas” é de apenas um ponto percentual.
É capaz de ter razão mas, em minha opinião, o que me parece pouco “civilizado” é que se tente reescrever a história à nossa maneira passando por cima de tudo e de todos.
Começou com a transformação do CDS em PP e agora continuou com a “eliminação” de Freitas do Amaral só porque o homem aceitou ser ministro de Sócrates.
O retrato do fundador do CDS foi retirado da parede no Largo do Caldas, embrulhado e enviado para o Largo do Rato (não se sabe se com aviso de recepção).
Se os outros partidos não fossem “civilizados” e aderissem a esta “moda” havia seguramente uma vantagem: os CTT agradeceriam e o mercado postal teria um novo fôlego.
O PSD teria que enviar, por exemplo, as fotografias de Portas e Sócrates aos novos partidos, o PCTP-MRPP mandaria várias imagens para uns partidos bem mais à direita, no PCP então nem se fala…
Talvez Portas e o secretário-geral dos “populares” se tenham inspirado no “Carteiro de Pablo Neruda”… ou não.
É capaz de ter razão mas, em minha opinião, o que me parece pouco “civilizado” é que se tente reescrever a história à nossa maneira passando por cima de tudo e de todos.
Começou com a transformação do CDS em PP e agora continuou com a “eliminação” de Freitas do Amaral só porque o homem aceitou ser ministro de Sócrates.
O retrato do fundador do CDS foi retirado da parede no Largo do Caldas, embrulhado e enviado para o Largo do Rato (não se sabe se com aviso de recepção).
Se os outros partidos não fossem “civilizados” e aderissem a esta “moda” havia seguramente uma vantagem: os CTT agradeceriam e o mercado postal teria um novo fôlego.
O PSD teria que enviar, por exemplo, as fotografias de Portas e Sócrates aos novos partidos, o PCTP-MRPP mandaria várias imagens para uns partidos bem mais à direita, no PCP então nem se fala…
Talvez Portas e o secretário-geral dos “populares” se tenham inspirado no “Carteiro de Pablo Neruda”… ou não.
domingo, março 06, 2005
“Só sei que nada sei”
Já é conhecido o novo Executivo liderado por José Sócrates, que nos deve governar (!) nos próximos quatro anos.
Há ministros que não conheço bem por isso o melhor é esperar para ver. Agora, pelo que já ouvi, há coisas que me deixam, no mínimo preocupado.
Para já, no entanto, duas coisas positivas: primeiro, os nomes que acompanham Sócrates não foram conhecidos na praça pública, segundo este é um Governo (ligeiramente) mais pequeno (menos três ministros).
Na composição do elenco há mais sinais positivos: o regresso de António Costa, Augusto Santos Silva e Mariano Gago e o regresso de um ministro do Trabalho.
De notar também outras apreciações: os ambientalistas apoiam o novo ministro do Ambiente, os economistas parecem gostar dos ministros das Finanças e da Economia, da nova ministra da Educação dizem que não vai deixar ninguém indiferente.
Depois há Freitas do Amaral. O novo Chefe da Diplomacia é fundador do CDS, de direita, e vai integrar um Governo socialista sendo que as suas posições mais recentes contra os Estados Unidos e Bush contrariam aquilo que se tem feito nos últimos anos no nosso país. É a surpresa entre as escolhas de Sócrates e vamos ver como se liga com os colegas do gabinete.
São 16 ministros, entre militantes e independentes. Vai ser curioso perceber como ministros de “ala esquerda” do PS se vão dar com ministros claramente de “centro direita”. Aí vai ser preciso um pulso forte e um rumo certo de Sócrates para evitar desgovernos semelhantes aos de Santana e companhia.
Apesar da maioria absoluta, o PS não pode ser cego, surdo e mudo às oposições, especialmente à esquerda.
Nota final para os ausentes, em especial António Vitorino. Já começa a haver pouca paciência para este “vai não vai” de Vitorino.
No fim de contas o que se espera é um rumo certo, coordenação ministerial, para que a vida melhore e Portugal saia da crise. O que se espera é que o PS faça juz ao nome e ajude quem mais precisa.
PS: o primeiro sinal dado pelo novo ministro das Finanças (Luís Campos e Cunha) não é positivo.
Há ministros que não conheço bem por isso o melhor é esperar para ver. Agora, pelo que já ouvi, há coisas que me deixam, no mínimo preocupado.
Para já, no entanto, duas coisas positivas: primeiro, os nomes que acompanham Sócrates não foram conhecidos na praça pública, segundo este é um Governo (ligeiramente) mais pequeno (menos três ministros).
Na composição do elenco há mais sinais positivos: o regresso de António Costa, Augusto Santos Silva e Mariano Gago e o regresso de um ministro do Trabalho.
De notar também outras apreciações: os ambientalistas apoiam o novo ministro do Ambiente, os economistas parecem gostar dos ministros das Finanças e da Economia, da nova ministra da Educação dizem que não vai deixar ninguém indiferente.
Depois há Freitas do Amaral. O novo Chefe da Diplomacia é fundador do CDS, de direita, e vai integrar um Governo socialista sendo que as suas posições mais recentes contra os Estados Unidos e Bush contrariam aquilo que se tem feito nos últimos anos no nosso país. É a surpresa entre as escolhas de Sócrates e vamos ver como se liga com os colegas do gabinete.
São 16 ministros, entre militantes e independentes. Vai ser curioso perceber como ministros de “ala esquerda” do PS se vão dar com ministros claramente de “centro direita”. Aí vai ser preciso um pulso forte e um rumo certo de Sócrates para evitar desgovernos semelhantes aos de Santana e companhia.
Apesar da maioria absoluta, o PS não pode ser cego, surdo e mudo às oposições, especialmente à esquerda.
Nota final para os ausentes, em especial António Vitorino. Já começa a haver pouca paciência para este “vai não vai” de Vitorino.
No fim de contas o que se espera é um rumo certo, coordenação ministerial, para que a vida melhore e Portugal saia da crise. O que se espera é que o PS faça juz ao nome e ajude quem mais precisa.
PS: o primeiro sinal dado pelo novo ministro das Finanças (Luís Campos e Cunha) não é positivo.
sexta-feira, março 04, 2005
gaLINHA TELEFÓNICA dos ovos d’ouro
Há coisas que, sinceramente, não consigo entender e que ainda me conseguem surpreender. A PT consegue tirar-me do sério.
Se a situação não fosse grave até dava vontade rir.
Toda a gente sabe que o país está em crise, que há quase meio milhão de desempregados e que há empresas em grandes dificuldades para manter os salários e os postos de trabalhos aos empregados.
Isto é um facto… o que não entendo e tenho muita dificuldade em perceber é como é que uma empresa como a PT, um dos maiores grupos nacionais (se é que não é o maior) consegue, no mesmo dia, anunciar que teve lucros fantásticos e que, apesar disso, quer reduzir o número de funcionários.
O anúncio de que a Portugal Telecom quer reduzir até mil postos de trabalho foi feito na apresentação dos resultados anuais: em 2004 os lucros da PT atingiram os 500 milhões de euros, mais do dobro de 2003.
A diminuição de postos de trabalho atinge a PT Comunicações. Os custos com a redução estão estimados entre 250 a 270 milhões de euros.
A empresa garante que esta política de redução já estava prevista e a decorrer há vários anos, que não são despedimentos, que são acordos e reformas antecipadas, mas o certo é que são mais mil pessoas que vão para casa.
Resumindo, apesar de lucros recorde, a PT quer mais e mais… em vez disso, bem que podiam ajudar a pagar o défice, a aumentar as pensões e o salário mínimo.
PS: Entretanto, já este ano, podem juntar os 300 milhões de euros da Lusomundo media para engordar a “galinha”.
Se a situação não fosse grave até dava vontade rir.
Toda a gente sabe que o país está em crise, que há quase meio milhão de desempregados e que há empresas em grandes dificuldades para manter os salários e os postos de trabalhos aos empregados.
Isto é um facto… o que não entendo e tenho muita dificuldade em perceber é como é que uma empresa como a PT, um dos maiores grupos nacionais (se é que não é o maior) consegue, no mesmo dia, anunciar que teve lucros fantásticos e que, apesar disso, quer reduzir o número de funcionários.
O anúncio de que a Portugal Telecom quer reduzir até mil postos de trabalho foi feito na apresentação dos resultados anuais: em 2004 os lucros da PT atingiram os 500 milhões de euros, mais do dobro de 2003.
A diminuição de postos de trabalho atinge a PT Comunicações. Os custos com a redução estão estimados entre 250 a 270 milhões de euros.
A empresa garante que esta política de redução já estava prevista e a decorrer há vários anos, que não são despedimentos, que são acordos e reformas antecipadas, mas o certo é que são mais mil pessoas que vão para casa.
Resumindo, apesar de lucros recorde, a PT quer mais e mais… em vez disso, bem que podiam ajudar a pagar o défice, a aumentar as pensões e o salário mínimo.
PS: Entretanto, já este ano, podem juntar os 300 milhões de euros da Lusomundo media para engordar a “galinha”.
quarta-feira, março 02, 2005
Casa arrombada…
Quatro bombeiros dos Sapadores de Coimbra morreram em Mortágua quando combatiam um incêndio num dos dias mais frios do ano.
Este trágico incidente (um dos mais graves dos últimos 20 anos) voltou a trazer à luz do dia as dificuldades com que bombeiros e outras forças de segurança se deparam.
Ontem à noite, o secretário de estado adjunto do ministro da Administração Interna veio admitir que a lei actual não é suficiente para apoiar as famílias que sofrem.
Embora seja de realçar a franqueza de Pereira Coelho, dá vontade perguntar porque é que o Governo, se achava que era insuficiente, não alterou a dita lei?
Porque será que no nosso país – desde que há democracia tem sido (quase) sempre assim só REAGE nunca AGE.
São inúmeros os exemplos ao longo doa anos: caso Aquaparque, caso de Entre-os-Rios, caso dos polícias baleados em serviço… a lista podia continuar e deve ser interminável.
Estamos preparados para um grande terramoto em Lisboa? Os planos de protecção civil estão prontos?
Num país em que os hospitais estremecem com um surto de gripe o que aconteceria se houvesse uma epidemia grave, tipo SARS?
Pois, não sabemos a resposta. E esse é que é o problema. Temos que mudar isto.
É obrigatório responder rapidamente e ajudar quem sofre mas é também fundamental analisar e prevenir todas as situações antes que elas aconteçam.
Num país em que se prefere comprar dois submarinos e não helicópteros e aviões de combate a incêndio, talvez, estivesse na altura de rever prioridades.
Este trágico incidente (um dos mais graves dos últimos 20 anos) voltou a trazer à luz do dia as dificuldades com que bombeiros e outras forças de segurança se deparam.
Ontem à noite, o secretário de estado adjunto do ministro da Administração Interna veio admitir que a lei actual não é suficiente para apoiar as famílias que sofrem.
Embora seja de realçar a franqueza de Pereira Coelho, dá vontade perguntar porque é que o Governo, se achava que era insuficiente, não alterou a dita lei?
Porque será que no nosso país – desde que há democracia tem sido (quase) sempre assim só REAGE nunca AGE.
São inúmeros os exemplos ao longo doa anos: caso Aquaparque, caso de Entre-os-Rios, caso dos polícias baleados em serviço… a lista podia continuar e deve ser interminável.
Estamos preparados para um grande terramoto em Lisboa? Os planos de protecção civil estão prontos?
Num país em que os hospitais estremecem com um surto de gripe o que aconteceria se houvesse uma epidemia grave, tipo SARS?
Pois, não sabemos a resposta. E esse é que é o problema. Temos que mudar isto.
É obrigatório responder rapidamente e ajudar quem sofre mas é também fundamental analisar e prevenir todas as situações antes que elas aconteçam.
Num país em que se prefere comprar dois submarinos e não helicópteros e aviões de combate a incêndio, talvez, estivesse na altura de rever prioridades.
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