domingo, outubro 12, 2008

o ESTADO a que isto chegou

Depois de uma das piores semanas de sempre nas Bolsas mundiais, não deixa de ser curioso que, numa sociedade capitalista, a solução encontrada seja recorrer ao Estado para safar os bancos.

O Eurogrupo esteve reunido para decidir o que fazer em conjunto e o próprio Governo português garante empréstimos interbancários no valor de 20 mil milhões de euros para que a banca possa continuar a funcionar.

A pergunta que se coloca é: só os bancos é que podem e devem ser salvos? E as pequenas e médias empresas que não se meteram em cowboiadas especulativas? E, especialmente, as famílias que estão atoladas em dívidas? (*)

Lembrava no outro dia a eurodeputada comunista Ilda Figueiredo que, até há poucas semanas, as nacionalizações eram recusadas por todos... agora que estão em risco e com fortes prejuizos, aí - tudo bem - já pode vir o Estado (que é como quem diz, todos nós) resolver o que alguns carolas conseguiram destruir por ganância e desleixo.

(*) Dados do "Expresso": o crédito malparado aumenta 4.6 milhões por dia; incumprimento no crédito ao consumo cresceu 26.8% num ano e no da habitação aumentou 22.1%.

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