Já diz o ditado: “O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita” e este é mais um desses casos.
Portugal esteve desde Fevereiro sem reconhecer a independência do Kosovo em relação à Sérvia, mas acabou, mesmo, por ser o 48º país (em 192) a fazê-lo.
Dois dias depois, confesso, que ainda não percebi porque raio Lisboa não se manteve firme do lado do não reconhecimento do Kosovo.
As razões para o "não" são várias: o território não tem capacidade económica de sobreviver sozinho, historicamente não tem identidade (aliás, o que se passa no Kosovo tem muito a ver com a "invasão" de albaneses) e, entretanto, abre um precedente grave para pequenas regiões que queiram dar o mesmo passo (o que se passou na Geórgia com a Abkásia e a Ossétia do Sul são disso exemplo).
Os argumentos lusos são incompreensíveis: Luís Amado diz que estava em causa o interesse nacional (?) e que é necessário perceber a importância da União Europeia. O ministro acrescenta que a independência do Kosovo é irreversível.
Afinal, não é... prova disso, é o facto da ONU ter dado um mandato ao Tribunal Internacional de Justiça para que este descubra se o “novo quadro” é legal.
Calculo que a pressão internacional tenha sido grande sobre Sócrates e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, mas gostava de saber o que vão fazer estas dezenas de países se o Tribunal der razão à Sérvia.
Há outras nuances que são “engraçadas” de perceber: como alguns países podem estar a favor da indepndência do Kosovo mas, ao mesmo tempo, contra a da Abkásia e da Ossétia do Sul.
Confusão total... e vamos ver se isto não acaba mal, com alguma "indigestão".
quinta-feira, outubro 09, 2008
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