Passou um ano, 365 dias, desde o desaparecimento da pequena Madeleine McCann e certezas quanto ao caso...
Muitas pistas e despiste(a)s depois, muitas informações e contra-informações depois, muitos avanços e recuos depois, muitas versões e contra-versões depois, muitos anjos e demónios depois... certezas não há.
Primeiro a tese do rapto, depois do assassinato - involuntário ou não - e, agora, parece que tudo volta à "casa da partida" e já é possível - diz o "Expresso" - que a hipótese "rapto" volte a ganhar força.
Eu não sei o que aconteceu naquela noite, continuo com muitas dúvidas e a achar estranhos alguns dos dados conhecidos do caso, que parecem continuar a não encaixar...
... mas eu não conto para este processo. Quem conta (ou deveria contar) é a PJ.
A mim parece-me que é deveras preocupante que a polícia possa agora, como se nada fosse, voltar à hipótese do rapto depois de nove meses a alimentar a tese da culpa de Gerry e Kate McCann.
Continuo a achar - e isto serve para este caso como para todos os outros - que não se pode deixar passar a ideia que alguém é culpado (e essa ideia passou - mesmo que tenha sido involuntariamente - em relação aos McCann), avançar para a constituição de arguido (mesmo sendo um proforma que não equivale a culpa) e depois assobiar para o lado como se nada fosse.
Única certeza é que a miúda desapareceu mesmo a 3 de Maio de 2007. Se foi rapto não se sabe nada, se os pais a mataram ou deixaram morrer também não.
Se há coisa que não me apetecia era ter que dar razão aos media ingleses que fizeram uma pressão deplorável sobre a polícia portuguesa e trataram abaixo de cão os nossos inspectores.
As dúvidas permanecem e a pergunta está feita... A culpa vai morrer solteira?
sábado, maio 03, 2008
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