Volto a esta rubrica porque realmente há coisas que continuo a não perceber e me assustam.
Tudo começa com os dados revelados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
“O endividamento das famílias portuguesas voltou a aumentar em 2007 para 129% do rendimento disponível, atingindo o valor mais elevado de sempre.
Os dados foram revelados hoje pelo Banco de Portugal no relatório de estabilidade financeira de 2007”.
O país está em crise e há muita gente a sofrer sem ter culpa absolutamente nenhuma – isso é indiscutível.
Agora, também há pessoas em Portugal que não têm a mínima noção da realidade e perdem a cabeça por um qualquer “vírus consumista”.
É natural (diria obrigatório) que se peça um empréstimo para comprar casa, é natural que se peça um empréstimo para comprar carro (especialmente se estivermos a falar do primeiro, absoluta necessidade). Já não se pode dizer o mesmo quando se fala em pedir empréstimos para um segundo ou terceiro automóvel, para um telemóvel, um computador ou um plasma para ver o Euro.
Sobre tudo isto, lembrei-me de uma expressão que o meu pai repete muitas vezes e que é pena que nem todos sigam:
“Quem não tem dinheiro, não tem vícios”.
quarta-feira, maio 28, 2008
quinta-feira, maio 22, 2008
"Piada do dia"
"Quando chegou a casa à noite, a mulher pediu-lhe que a levasse a sair, mas queria ir a um sítio bem caro...
Ele levou-a a uma bomba de gasolina!"
Isto está a deixar de ter graça...
Ele levou-a a uma bomba de gasolina!"
Isto está a deixar de ter graça...
domingo, maio 18, 2008
Preciosismos
Se há coisa que me desgosta em algumas notícias - sejam elas de jornal, rádio ou televisão - é a necessidade que alguns jornalistas têm de dar pormenores, alegadamente informativos, que - bem vistas as coisas - nada acrescentam e até podem perturbar.
São vários os exemplos e situações, mas há uma que me enerva especialmente porque até pode esconder outra "coisa" chamada racismo.
Pergunto eu: Porque raio se diz, em crimes sob investigação, que foram realizados por "grupo de x individuos de raça negra" ou por "elementos de etnia cigana"?
Não percebo esta "necessidade", até porque nunca ouvi falar em"bandos de criminosos de cor branca" e não me venham dizer que não há assaltantes brancos.
Por falar em "preciosismos", deixem-me rebobinar e recuperar a "estória" do tabaco do senhor Primeiro-ministro. Várias notas sobre o caso:
- anteriormente sempre se fumou nestas viagens oficiais;
- com a nova lei, inventada por um Governo Sócrates, não se podia fumar;
- o Primeiro-ministro não podia alegar que não sabia que não se podia fumar;
- ridícula a necessidade que José Sócrates teve de vir dizer que ia deixar de fumar porque queria "dar o exemplo";
- ao que consta, o jornalista que trouxe "o caso a lume", fuma desalmadamente;
- "ou há moralidade ou comem todos", diz o ditado;
São vários os exemplos e situações, mas há uma que me enerva especialmente porque até pode esconder outra "coisa" chamada racismo.
Pergunto eu: Porque raio se diz, em crimes sob investigação, que foram realizados por "grupo de x individuos de raça negra" ou por "elementos de etnia cigana"?
Não percebo esta "necessidade", até porque nunca ouvi falar em"bandos de criminosos de cor branca" e não me venham dizer que não há assaltantes brancos.
Por falar em "preciosismos", deixem-me rebobinar e recuperar a "estória" do tabaco do senhor Primeiro-ministro. Várias notas sobre o caso:
- anteriormente sempre se fumou nestas viagens oficiais;
- com a nova lei, inventada por um Governo Sócrates, não se podia fumar;
- o Primeiro-ministro não podia alegar que não sabia que não se podia fumar;
- ridícula a necessidade que José Sócrates teve de vir dizer que ia deixar de fumar porque queria "dar o exemplo";
- ao que consta, o jornalista que trouxe "o caso a lume", fuma desalmadamente;
- "ou há moralidade ou comem todos", diz o ditado;
sábado, maio 17, 2008
Off-line
Não tenho internet em casa desde quarta-feira à noite. Supostamente estão "em manutenção".
Mais grave do que estar, há três dias, sem esse elemento fundamental para o nosso trabalho (a malta habitua-se e depois já não quer outra coisa, tal como os telemóveis) é a displicência da empresa.
Reparem nesta "timeline":
- quarta-feira à noite é dito: "Estará tudo ok na quinta de manhã"
- na quinta-feira às 14 horas é dito: são só "mais duas ou três horas"
- na quinta-feira às 20 horas é dito: "só amanhã de manhã"
- na sexta-feira às 13 horas é dito: "estará operacional às 18 horas"
- na sexta-feira às 20 horas é dito: "até às 23 horas"
- no sábado de manhã ainda não há net
"Há coisas fantásticas não há...", segundo diz o anúncio, e eu também acho.
Miserável atitude a destas empresas que têm o "rei na barriga" e estão literalmente a c.... para os clientes.
PS: a net deu, finalmente, sinal de vida pouco antes das 20 horas deste sábado.
Mais grave do que estar, há três dias, sem esse elemento fundamental para o nosso trabalho (a malta habitua-se e depois já não quer outra coisa, tal como os telemóveis) é a displicência da empresa.
Reparem nesta "timeline":
- quarta-feira à noite é dito: "Estará tudo ok na quinta de manhã"
- na quinta-feira às 14 horas é dito: são só "mais duas ou três horas"
- na quinta-feira às 20 horas é dito: "só amanhã de manhã"
- na sexta-feira às 13 horas é dito: "estará operacional às 18 horas"
- na sexta-feira às 20 horas é dito: "até às 23 horas"
- no sábado de manhã ainda não há net
"Há coisas fantásticas não há...", segundo diz o anúncio, e eu também acho.
Miserável atitude a destas empresas que têm o "rei na barriga" e estão literalmente a c.... para os clientes.
PS: a net deu, finalmente, sinal de vida pouco antes das 20 horas deste sábado.
segunda-feira, maio 12, 2008
Uma espécie de hino
Nós somos, efectivamente, assim e Portugal em 2008... ainda é isto:
O grupo chama-se "Deolinda". Ouçam mais aqui
Obrigado .j.
O grupo chama-se "Deolinda". Ouçam mais aqui
Obrigado .j.
sábado, maio 10, 2008
Dúvida da semana
Há países que parecem fadados para a desgraça e só assim aparecem nos media.
Nos últimos meses temos ouvido falar muito sobre Myanmar: primeiro pela repressão que há décadas isola o país, agora por culpa de um ciclone, "Nargis", que já provocou milhares de mortos e desaparecidos (números já trágicos, mas ainda provisórios).
Dependendo do meio de comunicação social, o país é apresentado como Myanmar ou como Birmânia.
Já outros países mudaram o nome ao longo da sua história, normalmente ex-colónias que se tornam independentes.
Neste caso específico não foi isso que aconteceu. Resumidamente, Birmânia é o nome histórico do país. Myanmar surgiu anos depois de uma junta militar ter tomado o poder pela força. Apesar da nova designação ter sido aceite pelas Nações Unidas, alguns países (Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo) continuam a rejeitá-lo.
A pergunta é: devemos aceitar o novo nome imposto por uma ditadura ou recuperar o nome histórico?
Nos últimos meses temos ouvido falar muito sobre Myanmar: primeiro pela repressão que há décadas isola o país, agora por culpa de um ciclone, "Nargis", que já provocou milhares de mortos e desaparecidos (números já trágicos, mas ainda provisórios).
Dependendo do meio de comunicação social, o país é apresentado como Myanmar ou como Birmânia.
Já outros países mudaram o nome ao longo da sua história, normalmente ex-colónias que se tornam independentes.
Neste caso específico não foi isso que aconteceu. Resumidamente, Birmânia é o nome histórico do país. Myanmar surgiu anos depois de uma junta militar ter tomado o poder pela força. Apesar da nova designação ter sido aceite pelas Nações Unidas, alguns países (Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo) continuam a rejeitá-lo.
A pergunta é: devemos aceitar o novo nome imposto por uma ditadura ou recuperar o nome histórico?
sábado, maio 03, 2008
A culpa vai morrer solteira?
Passou um ano, 365 dias, desde o desaparecimento da pequena Madeleine McCann e certezas quanto ao caso...
Muitas pistas e despiste(a)s depois, muitas informações e contra-informações depois, muitos avanços e recuos depois, muitas versões e contra-versões depois, muitos anjos e demónios depois... certezas não há.
Primeiro a tese do rapto, depois do assassinato - involuntário ou não - e, agora, parece que tudo volta à "casa da partida" e já é possível - diz o "Expresso" - que a hipótese "rapto" volte a ganhar força.
Eu não sei o que aconteceu naquela noite, continuo com muitas dúvidas e a achar estranhos alguns dos dados conhecidos do caso, que parecem continuar a não encaixar...
... mas eu não conto para este processo. Quem conta (ou deveria contar) é a PJ.
A mim parece-me que é deveras preocupante que a polícia possa agora, como se nada fosse, voltar à hipótese do rapto depois de nove meses a alimentar a tese da culpa de Gerry e Kate McCann.
Continuo a achar - e isto serve para este caso como para todos os outros - que não se pode deixar passar a ideia que alguém é culpado (e essa ideia passou - mesmo que tenha sido involuntariamente - em relação aos McCann), avançar para a constituição de arguido (mesmo sendo um proforma que não equivale a culpa) e depois assobiar para o lado como se nada fosse.
Única certeza é que a miúda desapareceu mesmo a 3 de Maio de 2007. Se foi rapto não se sabe nada, se os pais a mataram ou deixaram morrer também não.
Se há coisa que não me apetecia era ter que dar razão aos media ingleses que fizeram uma pressão deplorável sobre a polícia portuguesa e trataram abaixo de cão os nossos inspectores.
As dúvidas permanecem e a pergunta está feita... A culpa vai morrer solteira?
Muitas pistas e despiste(a)s depois, muitas informações e contra-informações depois, muitos avanços e recuos depois, muitas versões e contra-versões depois, muitos anjos e demónios depois... certezas não há.
Primeiro a tese do rapto, depois do assassinato - involuntário ou não - e, agora, parece que tudo volta à "casa da partida" e já é possível - diz o "Expresso" - que a hipótese "rapto" volte a ganhar força.
Eu não sei o que aconteceu naquela noite, continuo com muitas dúvidas e a achar estranhos alguns dos dados conhecidos do caso, que parecem continuar a não encaixar...
... mas eu não conto para este processo. Quem conta (ou deveria contar) é a PJ.
A mim parece-me que é deveras preocupante que a polícia possa agora, como se nada fosse, voltar à hipótese do rapto depois de nove meses a alimentar a tese da culpa de Gerry e Kate McCann.
Continuo a achar - e isto serve para este caso como para todos os outros - que não se pode deixar passar a ideia que alguém é culpado (e essa ideia passou - mesmo que tenha sido involuntariamente - em relação aos McCann), avançar para a constituição de arguido (mesmo sendo um proforma que não equivale a culpa) e depois assobiar para o lado como se nada fosse.
Única certeza é que a miúda desapareceu mesmo a 3 de Maio de 2007. Se foi rapto não se sabe nada, se os pais a mataram ou deixaram morrer também não.
Se há coisa que não me apetecia era ter que dar razão aos media ingleses que fizeram uma pressão deplorável sobre a polícia portuguesa e trataram abaixo de cão os nossos inspectores.
As dúvidas permanecem e a pergunta está feita... A culpa vai morrer solteira?
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