Não deixa de ser sintomático que Alberto João Jardim tenha escolhido esta – precisamente esta – época do ano para brincar com coisas sérias.
O presidente do Governo Regional da Madeira decidiu demitir-se, obrigar a eleições antecipadas só - e apenas - por birra contra o Governo.
Em causa a nova Lei das Finanças Regionais do Executivo Sócrates (e já sancionada pelo Presidente da República) que retira alguns milhões de euros à região autónoma nos próximos anos.
A questão é que a Madeira já é uma das mais ricas regiões do país e, portanto, vai começar a receber menos e a pagar mais para o Orçamento de Estado.
O certo é que o Governo não vai recuar na nova lei e, por outro lado, Jardim vai voltar a ganhar as eleições com maioria absoluta.
Então, o que é que se ganha com esta manobra? Nada. Só perdemos alguns meses e mais alguns euros.
O rei da Madeira vai, a partir dai, ter mesmo que trabalhar com a tal lei que não queria e governar mais quatro anos com o que tiver à disposição.
Vai continuar a ser senhor do arquipélago, a chorar-se sem razão, a dizer alarvidades e a ofender quem lhe quiser fazer frente, impunemente.
Tudo normal, tudo na mesma.
terça-feira, fevereiro 20, 2007
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