sexta-feira, janeiro 07, 2005

2004: O ano de (quase) todos os desafios

No ano de 2004, Portugal esteve no “centro da acção” e por várias razões. Foi um ano intenso, de “sangue, suor e lágrimas”, que rodou muito em torno de dois pólos: o desporto e a política.

Portugal organizou o melhor Europeu de futebol de sempre. Foram três semanas de festa intensa, que só os gregos suplantaram. Nunca se tinha visto o país tão “entregue” a uma selecção e tudo por culpa de um brasileiro que soube despertar a “lusitana paixão” e conquistar o povo.

Os helénicos voltaram a fazer a festa nas Olímpiadas que, com quatro anos de atraso, lá “regressaram a casa”, num Jogos em que o nosso país conseguiu os melhores resultados de sempre, muito à custa do mais português de todos os nigerianos.

O FC Porto pintou de Azul mais um ano e voltou a fazer “estória” com a conquista da SuperLiga, SuperTaça, Taça Intercontinental e Liga dos Campeões. Entretanto, o “apito”… tocou duas vezes.

Na Política, foi a Portugal que os senhores da Europa vieram buscar o primeiro Presidente da Comissão de uma União Europeia, agora alargada a “25”. José Manuel Barroso deixou o Durão em casa e foi para Bruxelas.

O Governo caiu nas mãos de Santana Lopes, mas o Presidente da República “desligou-lhe” a encubadora quatro meses depois.

Portugal está, agora, com uma crise política, um Governo demissionário e eleições (várias) à porta.

Este foi também o ano em que evoluiu o processo Casa Pia – o julgamento já começou – e regrediu o processo de colocação de professores – milhares de erros e aulas com início atrasado.

Tal como nos últimos dois anos, o cumprimento do défice voltou a ser “figura de cartaz”, especialmente no mês de Dezembro: mais umas receitas extraordinárias e... valores abaixo dos 3%.

No Internacional, mantém-se a luta contra o terrorismo em várias partes do mundo, mas continuaram também os atentados (alguns bem perto de nós) que ceifaram (demasiadas) vidas inocentes.

No Médio Oriente, Arafat não resistiu à doença e a três anos de cerco e morreu em Paris. O processo de paz vai agora conhecer novos protagonistas e novos planos.

Contra a vontade do Mundo, George W. Bush foi reeleito pelos norte-americanos. Na Ucrânia nem um envenenamento evitou que Yushchenko ganhasse as eleições.

No Sudão vive-se uma crise humanitária sem precedentes, mas foi uma onda assassina na Ásia que fez despertar as consciências a nível mundial.

Mais de 150 mil pessoas morreram em vários países asiáticos e africanos - e estes números são ainda provisórios. A ONU prevê que esta tenha que ser a sua maior operação de solidariedade de sempre.

Ao contrário do que foi “prometido” este não foi ainda o ano da verdadeira retoma. Como será 2005?

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