Como se sabe, a Banda Desenhada não é só para crianças e é engraçado quando pessoas adultas continuam a ler ou a ver desenhos animados.
A nossa pesquisa vai continuar, mas já descobrimos qual é a personagem preferida de Pedro Santana Lopes: nada mais nada menos que o Speddy Gonzalez.
O Primeiro-ministro demissionário aproveitou este domingo para revelar em público essa sua preferência.
Senão repare: aproveitando o facto de estar em pré-campanha eleitoral, perdão, visita oficial ao concelho de Vila Nova de Poiares, Santana Lopes conseguiu em hora e meia (90 minutos) realizar onze (11) inaugurações e assinou sete (7) protocolos.
E ainda por cima – coitado – o nosso Chefe de Governo até estava lesionado numa mão.
Medidas eleitoralistas não, o país é que não pode parar – diz ele. Como é possível alguém pensar isto? – pergunto eu.
Eu cá concordo com o Primeiro-ministro… para mim, das duas uma, isto ou é um vírus como o que ataca o jardim da Madeira ou é, simplesmente, uma homenagem ao Speddy Gonzalez a personagem favorita de Santana Lopes.
Nada mais... Acredita?
segunda-feira, janeiro 24, 2005
domingo, janeiro 16, 2005
Cataventos
Eu cá acho mal que se realizem eleições nesta altura do ano. Não é por nenhuma razão em especial é só porque no Inverno costuma fazer muito vento.
É que a ventania é, seguramente, um dos principais inimigos dos nossos políticos. Eles que andam sempre de cabeça bem levantada e de espinha direita sofrem muito com o vento e, por isso, estão sempre a ser obrigados a mudar de posição.
Só assim se justifica que os principais políticos da nossa praça mudem de posição como quem muda de camisa.
Repare: José Sócrates, líder do PS, disse, ainda no ano passado, que a medida do ministro Bagão Félix de acabar com os benefícios fiscais era um erro e um atentado à classe média. Agora, três meses passados já vem dizer que, se for Governo, vai manter esta proposta.
Na mesma “moeda” responde António Mexia, ministro das Obras Públicas e coordenador do programa do Governo do PSD: Há uns tempos foram feitas fortes críticas ao PS pelas SCUTs, agora, afinal, o regresso das portagens a essas auto-estradas vai ser adiado por quatro anos.
Os exemplos podiam continuar e só apetece perguntar: “Afinal, em que é que ficamos?”. É que as eleições são já no dia 20 de Fevereiro e convinha que os “cataventos” estabilizassem.
Mas de certeza que os políticos não têm culpa… a culpa só pode mesmo ser do vento.
É que a ventania é, seguramente, um dos principais inimigos dos nossos políticos. Eles que andam sempre de cabeça bem levantada e de espinha direita sofrem muito com o vento e, por isso, estão sempre a ser obrigados a mudar de posição.
Só assim se justifica que os principais políticos da nossa praça mudem de posição como quem muda de camisa.
Repare: José Sócrates, líder do PS, disse, ainda no ano passado, que a medida do ministro Bagão Félix de acabar com os benefícios fiscais era um erro e um atentado à classe média. Agora, três meses passados já vem dizer que, se for Governo, vai manter esta proposta.
Na mesma “moeda” responde António Mexia, ministro das Obras Públicas e coordenador do programa do Governo do PSD: Há uns tempos foram feitas fortes críticas ao PS pelas SCUTs, agora, afinal, o regresso das portagens a essas auto-estradas vai ser adiado por quatro anos.
Os exemplos podiam continuar e só apetece perguntar: “Afinal, em que é que ficamos?”. É que as eleições são já no dia 20 de Fevereiro e convinha que os “cataventos” estabilizassem.
Mas de certeza que os políticos não têm culpa… a culpa só pode mesmo ser do vento.
quinta-feira, janeiro 13, 2005
As 83 mil léguas submarinas
O “bombeiro” do Governo colocou o seu lugar à disposição do Primeiro-ministro. A culpa foi do mergulho.
Assim pensou o senhor ministro de Estado, da Presidência e dos Assuntos Parlamentares: “Qual é o problema de ir para São Tomé e Príncipe de avião particular do Estado, de não dizer nada ao chefe e ir dar uns mergulhos a convite dos amigos são-tomenses no intervalo da entrega das prendas?”
Eu cá acho que não há problema nenhum e até concordo com Morais Sarmento.
Então o homem que passa a vida a safar o Governo não merece um fim-de-semana de descanso no “Bem-Bom” – ou lá como se chama o “resort”? Claro que merece coitado… ainda por cima até estava doente e não pode desfrutar convenientemente da oferta.
O “único” problema em toda esta “estória” mal contada é que foram gastos mais de 83 mil euros do nosso dinheiro para que Morais Sarmento fosse entregar material em segunda mão aos amigos são-tomenses e dar uns mergulhos na praia.
A desculpa foi que não havia ligações em linha regular e era preciso ir lá rapidamente. A questão que se coloca é: Qual é a pressa de levar uns gravadores a São Tomé?
Não se percebe… como não se entende que o ministro não se tenha sabido explicar convenientemente e que o Primeiro-ministro tenha ficado “incomodado” – palavras dele - com esta “estória” e não tenha querido saber logo o que se passou.
Assim pensou o senhor ministro de Estado, da Presidência e dos Assuntos Parlamentares: “Qual é o problema de ir para São Tomé e Príncipe de avião particular do Estado, de não dizer nada ao chefe e ir dar uns mergulhos a convite dos amigos são-tomenses no intervalo da entrega das prendas?”
Eu cá acho que não há problema nenhum e até concordo com Morais Sarmento.
Então o homem que passa a vida a safar o Governo não merece um fim-de-semana de descanso no “Bem-Bom” – ou lá como se chama o “resort”? Claro que merece coitado… ainda por cima até estava doente e não pode desfrutar convenientemente da oferta.
O “único” problema em toda esta “estória” mal contada é que foram gastos mais de 83 mil euros do nosso dinheiro para que Morais Sarmento fosse entregar material em segunda mão aos amigos são-tomenses e dar uns mergulhos na praia.
A desculpa foi que não havia ligações em linha regular e era preciso ir lá rapidamente. A questão que se coloca é: Qual é a pressa de levar uns gravadores a São Tomé?
Não se percebe… como não se entende que o ministro não se tenha sabido explicar convenientemente e que o Primeiro-ministro tenha ficado “incomodado” – palavras dele - com esta “estória” e não tenha querido saber logo o que se passou.
sexta-feira, janeiro 07, 2005
2004: O ano de (quase) todos os desafios
No ano de 2004, Portugal esteve no “centro da acção” e por várias razões. Foi um ano intenso, de “sangue, suor e lágrimas”, que rodou muito em torno de dois pólos: o desporto e a política.
Portugal organizou o melhor Europeu de futebol de sempre. Foram três semanas de festa intensa, que só os gregos suplantaram. Nunca se tinha visto o país tão “entregue” a uma selecção e tudo por culpa de um brasileiro que soube despertar a “lusitana paixão” e conquistar o povo.
Os helénicos voltaram a fazer a festa nas Olímpiadas que, com quatro anos de atraso, lá “regressaram a casa”, num Jogos em que o nosso país conseguiu os melhores resultados de sempre, muito à custa do mais português de todos os nigerianos.
O FC Porto pintou de Azul mais um ano e voltou a fazer “estória” com a conquista da SuperLiga, SuperTaça, Taça Intercontinental e Liga dos Campeões. Entretanto, o “apito”… tocou duas vezes.
Na Política, foi a Portugal que os senhores da Europa vieram buscar o primeiro Presidente da Comissão de uma União Europeia, agora alargada a “25”. José Manuel Barroso deixou o Durão em casa e foi para Bruxelas.
O Governo caiu nas mãos de Santana Lopes, mas o Presidente da República “desligou-lhe” a encubadora quatro meses depois.
Portugal está, agora, com uma crise política, um Governo demissionário e eleições (várias) à porta.
Este foi também o ano em que evoluiu o processo Casa Pia – o julgamento já começou – e regrediu o processo de colocação de professores – milhares de erros e aulas com início atrasado.
Tal como nos últimos dois anos, o cumprimento do défice voltou a ser “figura de cartaz”, especialmente no mês de Dezembro: mais umas receitas extraordinárias e... valores abaixo dos 3%.
No Internacional, mantém-se a luta contra o terrorismo em várias partes do mundo, mas continuaram também os atentados (alguns bem perto de nós) que ceifaram (demasiadas) vidas inocentes.
No Médio Oriente, Arafat não resistiu à doença e a três anos de cerco e morreu em Paris. O processo de paz vai agora conhecer novos protagonistas e novos planos.
Contra a vontade do Mundo, George W. Bush foi reeleito pelos norte-americanos. Na Ucrânia nem um envenenamento evitou que Yushchenko ganhasse as eleições.
No Sudão vive-se uma crise humanitária sem precedentes, mas foi uma onda assassina na Ásia que fez despertar as consciências a nível mundial.
Mais de 150 mil pessoas morreram em vários países asiáticos e africanos - e estes números são ainda provisórios. A ONU prevê que esta tenha que ser a sua maior operação de solidariedade de sempre.
Ao contrário do que foi “prometido” este não foi ainda o ano da verdadeira retoma. Como será 2005?
Portugal organizou o melhor Europeu de futebol de sempre. Foram três semanas de festa intensa, que só os gregos suplantaram. Nunca se tinha visto o país tão “entregue” a uma selecção e tudo por culpa de um brasileiro que soube despertar a “lusitana paixão” e conquistar o povo.
Os helénicos voltaram a fazer a festa nas Olímpiadas que, com quatro anos de atraso, lá “regressaram a casa”, num Jogos em que o nosso país conseguiu os melhores resultados de sempre, muito à custa do mais português de todos os nigerianos.
O FC Porto pintou de Azul mais um ano e voltou a fazer “estória” com a conquista da SuperLiga, SuperTaça, Taça Intercontinental e Liga dos Campeões. Entretanto, o “apito”… tocou duas vezes.
Na Política, foi a Portugal que os senhores da Europa vieram buscar o primeiro Presidente da Comissão de uma União Europeia, agora alargada a “25”. José Manuel Barroso deixou o Durão em casa e foi para Bruxelas.
O Governo caiu nas mãos de Santana Lopes, mas o Presidente da República “desligou-lhe” a encubadora quatro meses depois.
Portugal está, agora, com uma crise política, um Governo demissionário e eleições (várias) à porta.
Este foi também o ano em que evoluiu o processo Casa Pia – o julgamento já começou – e regrediu o processo de colocação de professores – milhares de erros e aulas com início atrasado.
Tal como nos últimos dois anos, o cumprimento do défice voltou a ser “figura de cartaz”, especialmente no mês de Dezembro: mais umas receitas extraordinárias e... valores abaixo dos 3%.
No Internacional, mantém-se a luta contra o terrorismo em várias partes do mundo, mas continuaram também os atentados (alguns bem perto de nós) que ceifaram (demasiadas) vidas inocentes.
No Médio Oriente, Arafat não resistiu à doença e a três anos de cerco e morreu em Paris. O processo de paz vai agora conhecer novos protagonistas e novos planos.
Contra a vontade do Mundo, George W. Bush foi reeleito pelos norte-americanos. Na Ucrânia nem um envenenamento evitou que Yushchenko ganhasse as eleições.
No Sudão vive-se uma crise humanitária sem precedentes, mas foi uma onda assassina na Ásia que fez despertar as consciências a nível mundial.
Mais de 150 mil pessoas morreram em vários países asiáticos e africanos - e estes números são ainda provisórios. A ONU prevê que esta tenha que ser a sua maior operação de solidariedade de sempre.
Ao contrário do que foi “prometido” este não foi ainda o ano da verdadeira retoma. Como será 2005?
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