É público e notório que, pelo menos, as duas últimas entrevistas de José Sócrates na televisão (há uns meses na SIC, esta semana na RTP) tiveram os temas combinados previamente.
Não sei se esta política é seguida por outros orgãos de comunicação e/ou convidados, mas o certo é que esta "nova moda" é a verdadeira antitese do jornalismo.
Aliás, a combinação/conhecimento prévio de perguntas deveria ser proibido, seja quem for a excelência convidada.
As bandeiras do bom jornalismo são o "rigor", a "credibilidade" e a "isenção" e não são - não deveriam ser - negociáveis (tal como, por exemplo, não é a defesa das fontes).
Ora, estes dogmas obrigam a que o profissional de comunicação social tenha liberdade total para perguntar o que entender, como, depois - e reforço o "depois" - o entrevistado tem a liberdade de responder ou não.
Espero que, apesar da pressão das audiências, se volte ao "jornalismo puro", apesar de feito por humanos, em que o jornalista pergunta e o entrevistado responde no momento.
A bem do Jornalismo, a bem da Democracia e da Liberdade...
sexta-feira, julho 04, 2008
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