“Joga-se este domingo, em Viena de Áustria, a final do Euro 2008 entre Alemanha e Espanha” – Assim começou uma rádio um notíciário esta noite.
Já não há pachorra para esta coisa do “Viena de Áustria”. Nunca percebi – sinceramente – esta fixação.
Porquê?
Ninguém – nunca – diz Madrid de Espanha, Paris de França ou Roma de Itália... e ainda bem.
domingo, junho 29, 2008
quarta-feira, junho 25, 2008
Acabem as directas...
Acompanhei por dever, mas também por gosto (chamem-me louco, se quiserem), o congresso do PSD em Guimarães.
É que se há coisa que este partido tem (tinha) de bom são (eram) os congressos. Desta vez, fiquei desiludido, foi muito frouxo, sem nenhum momento de especial excitação e o melhor que se conseguiu arranjar foi um discurso emocionado de Ângelo Correia, que nem sequer conta para o “totobola”.
Para piorar a situação o “menino guerreiro” – perdão, Pedro Santana Lopes - estava debilitado, constipado, coitado.
Na madrugada de sábado – por volta da 1 da manhã – quando fecharam os trabalhos do segundo dia, lembrei-me de vários congressos social-democratas... daqueles que dava gozo acompanhar até às quatro ou cinco da manhã (ok, chamem-me louco outra vez) porque tudo podia mudar a qualquer momento, um qualquer discurso virava a tendência de centenas de congressistas e prognósticos só apareciam mesmo "no fim do jogo".
Agora tudo é diferente e chato: a líder estava eleita, já se sabia a quase totalidade da sua equipa e a única dúvida era saber que peso teriam no Conselho Nacional os dois candidatos derrotados nas directas.
Pouco, muito pouco para um partido com a tradição “laranja”.
Por isso, lanço daqui um repto à Dra. Manuela Ferreira Leite: por favor, a bem de noites bem passadas a ver boa televisão, acabe com as directas no PSD. Por favor, voltemos aos congressos à moda antiga, com candidatos de última hora, negociações de lugares, discursos empolgantes, estratégias e acusações contrárias.
Queremos voltar a ter momentos como este em 1995, após a desistência de Cavaco Silva.
É que se há coisa que este partido tem (tinha) de bom são (eram) os congressos. Desta vez, fiquei desiludido, foi muito frouxo, sem nenhum momento de especial excitação e o melhor que se conseguiu arranjar foi um discurso emocionado de Ângelo Correia, que nem sequer conta para o “totobola”.
Para piorar a situação o “menino guerreiro” – perdão, Pedro Santana Lopes - estava debilitado, constipado, coitado.
Na madrugada de sábado – por volta da 1 da manhã – quando fecharam os trabalhos do segundo dia, lembrei-me de vários congressos social-democratas... daqueles que dava gozo acompanhar até às quatro ou cinco da manhã (ok, chamem-me louco outra vez) porque tudo podia mudar a qualquer momento, um qualquer discurso virava a tendência de centenas de congressistas e prognósticos só apareciam mesmo "no fim do jogo".
Agora tudo é diferente e chato: a líder estava eleita, já se sabia a quase totalidade da sua equipa e a única dúvida era saber que peso teriam no Conselho Nacional os dois candidatos derrotados nas directas.
Pouco, muito pouco para um partido com a tradição “laranja”.
Por isso, lanço daqui um repto à Dra. Manuela Ferreira Leite: por favor, a bem de noites bem passadas a ver boa televisão, acabe com as directas no PSD. Por favor, voltemos aos congressos à moda antiga, com candidatos de última hora, negociações de lugares, discursos empolgantes, estratégias e acusações contrárias.
Queremos voltar a ter momentos como este em 1995, após a desistência de Cavaco Silva.
terça-feira, junho 17, 2008
Retrato de Portugal
“Comparo o nosso país com uma pessoa que está na borda do passeio à espera que alguém a ajude a atravessar para o outro lado. Sempre estivemos nessa situação, sempre estivemos dependentes de algo ou de alguma coisa. Desde o D. Sebastião que estamos dependentes. Estamos sempre à espera de quem venha salvar a Pátria, esquecendo que, se a Pátria pode ser salva, somos nós todos - e não um salvador predestinado com dotes extraordinários capazes de tirar-nos da mediocridade. O grande problema nacional é a mediocridade e a resignação à mediocridade”.
José Saramago, no programa "Diga Lá Excelência" da Renascença e "Público"
Sem mais comentários... subscrevo.
José Saramago, no programa "Diga Lá Excelência" da Renascença e "Público"
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sexta-feira, junho 13, 2008
Fernando Pessoa
Há datas que não podemos deixar passar. O Poeta faria hoje 120 anos.
O homem era um Génio (daqueles atormentados e tudo, bem à portuguesa)… e isso deve ser (re)lembrado.
Entre todas as suas Pessoas, Pessoa escreveu coisas como estas (entre muitas outras):
“A minha Pátria é a língua portuguesa”
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”
“Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio”
“Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”
“O homem é do tamanho do seu sonho”
“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”
O homem era um Génio (daqueles atormentados e tudo, bem à portuguesa)… e isso deve ser (re)lembrado.
Entre todas as suas Pessoas, Pessoa escreveu coisas como estas (entre muitas outras):
“A minha Pátria é a língua portuguesa”
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”
“Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio”
“Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”
“O homem é do tamanho do seu sonho”
“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”
terça-feira, junho 10, 2008
Só para esclarecer...
Eu não fui condecorado no "Dia da Raça" (*).
Só para que conste hoje é Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
(*) Ó senhor Presidente não havia necessidade. Esta "designação" já tinha caido há mais de 30 anos e vem do tempo da Ditadura. Talvez não fique mal, um pedido de desculpas.
Só para que conste hoje é Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
(*) Ó senhor Presidente não havia necessidade. Esta "designação" já tinha caido há mais de 30 anos e vem do tempo da Ditadura. Talvez não fique mal, um pedido de desculpas.
segunda-feira, junho 09, 2008
Ilegalidades
Por princípio, não tenho nada contra manifestações e greves - antes pelo contrário. Em Democracia, os trabalhadores têm o direito de protestar para pedir/exigir melhores condições.
Percebo que os funcionários cheguem a essas formas de luta, apesar de, por vezes, ser prejudicado por elas (nomeadamente nos transportes) e de, noutras situações, achar que a greve nem sempre é a melhor estratégia.
O que já me custa a aceitar é que os grevistas queiram obrigar outros colegas a aderir à paralisação. A greve tem que ser voluntária e quem quiser continuar a trabalhar tem que ter condições para o fazer (seja patrão ou empregado).
Numa altura em que está a decorrer uma paralisação de patrões de empresas de camionagem, já há notícias de atropelamentos, apedrejamentos, cortes de tubos de gasolina e ameaças.
Não é assim que se faz uma greve, meus amigos. Aliás, isto não é uma greve, é uma ilegalidade...
Percebo que os funcionários cheguem a essas formas de luta, apesar de, por vezes, ser prejudicado por elas (nomeadamente nos transportes) e de, noutras situações, achar que a greve nem sempre é a melhor estratégia.
O que já me custa a aceitar é que os grevistas queiram obrigar outros colegas a aderir à paralisação. A greve tem que ser voluntária e quem quiser continuar a trabalhar tem que ter condições para o fazer (seja patrão ou empregado).
Numa altura em que está a decorrer uma paralisação de patrões de empresas de camionagem, já há notícias de atropelamentos, apedrejamentos, cortes de tubos de gasolina e ameaças.
Não é assim que se faz uma greve, meus amigos. Aliás, isto não é uma greve, é uma ilegalidade...
terça-feira, junho 03, 2008
Shame on you
José Mourinho está como gosta - e faz por isso - no centro das atenções mediáticas mundiais.
O treinador foi hoje apresentado como técnico do Inter de Milão onde vai ganhar "só" 27 milhões de euros nas próximas três épocas, fora prémios e publicidades.
Ora, por falar em publicidade, o "mister" foi - juntamente com Cristiano Ronaldo, Marisa e mais uns quantos - uma das caras escolhidas pelo Governo, através do "Turismo de Portugal", para vender o nosso país lá fora ("Portugal, a Costa Oeste da Europa", assim se chama a campanha).
Por mim, tudo bem. Apesar desta "fulanização" poder ser um pouco provinciana, não tenho nada contra que se apresentem "casos de sucesso" para promover o que quer que seja, mesmo que seja apenas sol e praia.
No entanto, já me parece (muito) mal quando um desses "embaixadores", pagos com os nossos impostos, numa ocasião em que todos o estão a ouvir, se recuse a responder em português a uma pergunta, em português, feita por um jornalista português.
Não foi uma atitude nada bonita do "special one" que, ainda por cima, respondeu em inglês aos ingleses.
ADENDA: Já depois da conferência de imprensa oficial, o treinador falou na rua com os jornalistas portugueses. Minimiza os estragos, mas não desculpa a atitude.
O treinador foi hoje apresentado como técnico do Inter de Milão onde vai ganhar "só" 27 milhões de euros nas próximas três épocas, fora prémios e publicidades.
Ora, por falar em publicidade, o "mister" foi - juntamente com Cristiano Ronaldo, Marisa e mais uns quantos - uma das caras escolhidas pelo Governo, através do "Turismo de Portugal", para vender o nosso país lá fora ("Portugal, a Costa Oeste da Europa", assim se chama a campanha).
Por mim, tudo bem. Apesar desta "fulanização" poder ser um pouco provinciana, não tenho nada contra que se apresentem "casos de sucesso" para promover o que quer que seja, mesmo que seja apenas sol e praia.
No entanto, já me parece (muito) mal quando um desses "embaixadores", pagos com os nossos impostos, numa ocasião em que todos o estão a ouvir, se recuse a responder em português a uma pergunta, em português, feita por um jornalista português.
Não foi uma atitude nada bonita do "special one" que, ainda por cima, respondeu em inglês aos ingleses.
ADENDA: Já depois da conferência de imprensa oficial, o treinador falou na rua com os jornalistas portugueses. Minimiza os estragos, mas não desculpa a atitude.
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