quarta-feira, setembro 20, 2006

PGR

O Presidente da República e o Governo já escolheram o novo Procurador Geral da República que vai tomar posse a 9 de Outubro.

Não conheço o juiz conselheiro Pinto Monteiro, mas já deu para ver que tem um grande currículo, com especial destaque para o facto de ter sido alto comissário adjunto na Alta Autoridade para a corrupção.

O que espero é que Pinto Monteiro cumpra bem, de forma isenta, discreta, mas eficaz o seu cargo de Procurador Geral da República.

Seguramente não vamos ter saudades de Souto Moura que cometeu várias e graves gaffes, especialmente desde o início do processo Casa Pia.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Gyurcsany


Não é que não soubessemos, mas é sempre notícia quando vemos um político assumir que mentiu aos eleitores para manter o poder. Calma... não foi em Portugal, foi na Hungria.

Passo a explicar:

O Primeiro-ministro húngaro admitiu, numa reunião do seu partido, que o Governo mentiu para conseguir vencer as eleições em Abril.

Ferenc Gyurcsany, assim se chama o senhor, disse que o seu Executivo, agora, não teria outra hipótese se não fazer reformas no segundo mandato, depois das mentiras que caracterizaram os primeiros 18 meses de governação.

"Mentimos de manhã, mentimos à noite. Não conseguimos encontrar uma medida governamental significativa de que nos possamos orgulhar", acrescentou Gyurcsany numa gravação agora tornada pública.

Extraordinário...

sábado, setembro 16, 2006

Não havia necessidade...

"Mostra-me o que Maomé trouxe de novo e só verás coisas más e desumanas. Tal como a sua directiva de difundir por meio da espada a fé que pregava".

Foram estas as palavras do Papa, citanto um imperador bizantino do século XIV, que estão a levantar polémica no mundo islâmico.

Acredito que, tal como diz a comunidade islâmica de Lisboa, não terá sido intenção do Papa atacar o Islão mas lá que “a escolha de palavras foi infeliz”, lá isso parece não haver dúvidas.

Numa altura em que a situação no mundo está tensa, parece fundamental que se continue a investir no diálogo inter-religioso.

Estas declarações, por poderem ser mal interpretadas, não ajudam nada.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Por tudo e por nada...

Diz um amigo meu quando se metem com ele: "Pois é, só tenho culpa por duas coisas: por tudo e por nada".

Vem isto a propósito desta moda recente das "providências cautelares" ser respondida com declarações de "interesse público".

Curioso é que para além das questões em tribunal (caso Mateus, fecho das maternidades, etc), agora, o chamado "interesse público" também já serve para infringir as mais elementares regras cívicas.

O ministro da Economia foi apanhado, com motorista, a conduzir a mais de 200 quilómetros/hora para ir a uma acção governamental.

Manuel Pinho confessou estar embaraçado e explicou que o excesso de velocidade se explicava com razões de "interesse público".

Fantástico...

terça-feira, setembro 12, 2006

11 de Setembro

Cinco anos passaram... e o mundo não está mais seguro, antes pelo contrário.

Em primeiro lugar gostaria de reafirmar que lamento profundamente a morte dos quase três mil inocentes e que não consigo entender a atitude dos terroristas (nada, nem política, nem religião, nem dinheiro, nada justifica o que se passou - seja quem for o culpado).

O que é certo é que responder à guerra com mais guerra não devolveu a vida às vítimas e agravou até a situação do terrorismo.

Depois de cinco anos no Afeganistão e mais de três no Iraque, os ataques contra as populações civis e as forças internacionais continuam, os atentados em dezenas de outros países continuam, Bush continua.

Não esquecendo que esta série começou com o 11 de Setembro, o certo é que a resposta de George W. Bush não foi correcta e utilizou "armas" ilegais, especialmente desde o Iraque.

Por um lado, não respeitou as Nações Unidas ao não esperar por uma resolução, montou uma estratégia baseada em mentiras ("O Iraque tem armas nucleares", "o Iraque apoia a Al-Qaeda"), abriu um campo de concentração (Guantanamo) onde os direitos humanos são completamente desrespeitados, têm prisões secretas no exterior para interrogar os suspeitos.

Por outro, Bin Laden, Zawahiri e Mullah Omar continuam desaparecidos, alegadamente, entre a fronteira do Paquistão e do Afeganistão.

Entretanto, o Irão de Ahmadinejad está a ganhar força, picando a comunidade internacional, a Coreia do Norte é outra bomba relógio e outros países estão à espreita...

Daqui a dois anos, Bush vai embora. O que ainda vai acontecer até lá? O que vai acontecer a seguir?

quinta-feira, setembro 07, 2006

emBUSHte

Depois de ter mentido ao mundo para justificar a guerra no Iraque, George W. Bush deu esta noite mais um passo para o "abismo" da credibilidade, da honestidade, da lealdade e, já agora, da liberdade democrática.

O presidente dos Estados Unidos, há meses pressionado sobre esta questão, veio esta noite admitir, pela primeira vez, aquilo que todos já suspeitavam: a CIA tem prisões fora do país e realiza interrogatórios ilegais a suspeitos de terrorismo.

Nada - nem o "11 de Setembro" - justificam mais esta atitude miserável da Adminiatração Bush que vive e sobrevive com mentiras e esquemas, passando por cima de tudo e de todos.

domingo, setembro 03, 2006

Algo vai mal...

Quase metade das ofertas colocadas nos centros de emprego ficam por preencher, revela o "Jornal de Notícias".

Segundo o diário, apesar de estarem inscritas mais de 400 mil pessoas, os centros de emprego têm cada vez menos sucesso em encontrar um trabalhador com as qualificações necessárias e que esteja disposto a aceitar o posto.

Na primeira metade deste ano, foram entregues ao Instituto de Emprego e Formação Profissional quase nove mil propostas de trabalho, mas só pouco mais de 4700 acabaram por ser ocupadas por pessoas desempregadas ou à procura do primeiro emprego. Cerca de 4200 ficaram sem resposta.