O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros deixou o Governo, alegadamente por motivos de saúde. Aliás, Freitas do Amaral até já foi operado e, felizmente, a operação terá corrido bem.
Independentemente desta questão, que obviamente, condiciona qualquer pessoa (e especialmente um MNE que tem sempre que viajar e até que preparar uma presidência da UE), há quem diga que essa não foi a única razão.
Não quero especular muito sobre isso, mas o certo é que, para além de aspectos positivos que possam ser destacados (o Primeiro-ministro lembrou as negociações do quadro comunitário de apoio) há algumas "gaffes" que marcaram estes 15 meses.
Sem pensar muito destaco duas que são, seguramente, as que as pessoas mais recordam: o caso dos cartoons e o caso dos emigrantes no Canadá. Por outro lado há um eventual mal estar com o embaixador dos Estados Unidos.
Enfim, curioso é notar também que os primeiros que criticaram Freitas do Amaral, agora deixam o receio para o sucessor. A oposição nunca está satisfeita, mas também é esse o seu papel.
Para a Palácio das Necessidades segue Luís Amado, um homem experiente, até porque já por lá passou como secretário de Estado (ele sim um pró-Estados Unidos) que deixa a pasta da Defesa para Severiano Teixeira (um regresso ao Governo, agora noutra pasta).
Nota também para o facto (destacado por todos) do Executivo já ter perdido as suas duas "estrelas" (Campos e Cunha e, agora, Freitas do Amaral), o que vale o que vale, mas...
Por outro lado, esta não é ainda a remodelação que a oposição pede e exige. Sócrates continua a segurar a sua equipa, mas estará o guardar o "refresh" do seu plantel para outra altura. Dois ou três ministros suspiram de alívio.
terça-feira, julho 04, 2006
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1 comentário:
O Freitas viu a luz e tem evoluido nos últimos anos de democrata-cristão para terrenos mais à esquerda:)
Quanto à sua prestação no MNE:
Gostei quando a certa altura disse claramente o que Portugal pensava sobre o acordo em cima da mesa dos fundos estruturais e quando condenou as declarações do Primeiro-ministro australiano sobre Timor. Também iniciou uma reforma do Ministério, mandando regressar a Lisboa alguns adidos culturais de utilidade duvidosa.
O ponto mais baixo para mim foi a sua posição sobre a crise dos cartoons.
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