Nasci em casa, de sete meses, sem assistência, porque o médico que acompanhava a minha mãe a mandou para casa sem analisar devidamente o caso.
Passando por cima de outros pormenores que complicaram ainda mais a questão, o meu azar não foi não ter maternidade à porta de casa (que não tinha e ainda não tenho), o problema foi a incompetência de um médico que não percebeu que estava perante uma gravidez de risco.
Vem isto a propósito porque a polémica das maternidades continua e a troca de argumentos continua...
O Governo baseia a decisão de fechar com um estudo feito por especialistas, as autarquias e populações afectadas defendem-se com outros estudos e com o risco da desertificação e, já agora, com o direito dos bebés "nascerem em Portugal".
Obviamente, não sou especialista, mas, confesso, que me sinto tentado a apoiar esta medida do Executivo e a minha "dúvida" foi tirada por Albino Aroso, aquele que é chamado o "pai do planeamento familiar" e que, quando esteve no Governo PSD, mandou encerrar 150 maternidades.
Graças a estas e outras medidas, Portugal tem hoje uma das menores taxas de mortalidade infantil do mundo e este é um facto de que nos devemos orgulhar.
Se, agora, as quatro maternidades em causa realizam menos partos, têm falta de médicos especialistas e poêm em risco os bebés e as crianças então devem mesmo encerrar.
Desde, claro, que possam ser devidamente acompanhados e monitorizados por profissionais competentes e especializados.
Convém, já agora, referir que uma família não tem filhos todos os dias e que os bebés não nascem de geração espontânea. Por isso, uma maternidade não é uma valência que tenha que estar, obrigatoriamente, à porta de casa.
segunda-feira, maio 15, 2006
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