sábado, outubro 30, 2004

Onde está…o Pinóquio?

É numa altura como esta que tenho pena de não poder reinventar a “estória” do Pinóquio e do Wally.

Depois de ouvir o senhor Paes do Amaral e o professor Marcelo na Alta Autoridade para a Comunicação Social apeteceu-me sair em busca de Gepeto.

Que bom que seria se o velho carpinteiro conseguisse transformar estes dois homens em “bonecos de madeira”.

É que, como já se percebeu, um dos dois está a mentir… e que fácil seria para todos nós, que tentamos deslindar este “mistério”, aproveitar a particularidade do “menino de madeira” para perceber qual dos personagens está a mentir (mais).

O Wally é o ministro Silva que está tão escondido e nervoso que já nem consegue abrir uma simples porta depois de fugir às perguntas desses chatos e incómodos jornalistas.

sexta-feira, outubro 15, 2004

Extra-ordinário

Luiz Felipe Scolari é um extraordinário treinador com um grande currículo e vitórias por quase todos os clubes e selecções por onde passou.

Em Portugal, apesar de ter entrado mal – a selecção não mostrava futebol nem resultados – Scolari conseguiu no momento da verdade motivar o país e a equipa e levou Portugal, apesar do sentimento de oportunidade perdida, a um resultado histórico.

Bom, passando à frente…

Repetimos, o homem é um extraordinário técnico de futebol, agora não pode, em circunstância nenhuma, ter atitudes como as que teve após o Portugal – Rússia.

Vejam lá se já viram algo parecido com isto: “Não gosto do que aquela senhora escreveu, vou ofendê-la”.

Não vamos repetir o que foi dito mas, Scolari nunca poderia ter dito o que disse à jornalista do “Record”. Se tinha alguma razão, o técnico brasileiro perdeu-a a partir do momento em que partiu para a ofensa.

Um dos princípios básicos do desporto e da vida é que é necessário “saber ganhar e saber perder”.Empatar com o Liechtenstein é humilhante e isso tem que ser dito, fazer considerações sobre os capitães de equipa é legítimo.

O senhor Scolari tem que saber ouvir as críticas e respeitar as opiniões dos outros. Quando não concordar exige o direito de resposta e reage com civilidade.

É que se assim não for, pode correr-se o risco de se transformar um treinador extraordinário num homem “extra-ordinário”.

segunda-feira, outubro 11, 2004

O Milagre...

Os ministros estão no Executivo para ajudar todos os portugueses. E quando tomam boas medidas devem ser acarinhados e defendidos.

Acreditamos nisso e, por isso, estamos aqui para agradecer a um ministro que tem sido muito injustiçado nos últimos dias.

Rui Gomes da Silva, o ministro dos Assuntos Parlamentarees, que a maioria dos portugueses só conhecia por ser amigo de Santana Lopes e de ser adepto do Benfica, conseguiu algo que parecia impossível.

Graças a ele, o Governo mudou de opinião... Ok, isso não é novidade, mas atenção, desta vez, foi em nosso benefício.

Após a confusão e polémica do "caso Marcelo" (para não lhe chamar outra coisa), iniciado pelo senhor ministro (e que ainda parece não ter terminado), o Primeiro-ministro veio desdizer-se - a si e ao seu ministro das Finanças - e prometeu aumentos acima da inflação para os funcionários públicos. Não satisfeito, prometeu ainda aumentos nas pensões, baixar o IRS e manter o défice abaixo dos 3%

Ora, por este milagre da noite para o dia - talvez sejam os ares dos Açores - o senhor Silva merece ser condecorado por bons serviços prestados à Nação.

Finalmente boas notícias. Vamos lá ver se são para cumprir... ou se, afinal, não era bem isso que Santana queria dizer. E atenção, o Bagão Félix ainda nada disse.

PS: Bom, como dissemos bem do senhor ministro neste texto, ficamos agora à espera que alguém venha dizer mal para que haja o famigerado "contraditório".

terça-feira, outubro 05, 2004

A ponte é uma passagem…

O país tem que apertar o cinto, a retoma vem aí, é preciso continuar a fazer sacrifícios - diz o Governo. Ora, como isto está mau, dá-se um "rebuçado" aos funcionários públicos.

Nós por cá todos bem, nada contra as "pontes" e os feriados, mas depois não nos venham é chatear com a porcaria do défice e dos aumentos abaixo da inflação.

O exemplo tem que vir de cima: o Santana quer que os portugueses melhorem a produtividade ou não? O Bagão quer que o povo trabalhe ou prefere colocar as amigas na Caixa?

Por favor, decidam-se!

Já dizia o Salgueiro Maia: “Há os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou”.

É que este é o mesmo Governo que disse que ia ter ministros de fora de Lisboa e do Porto e não tem, este é o Governo que disse que ia colocar Ministérios fora de Lisboa e não o fez, este é o Governo que já disse que ia mexer nas taxas moderadoras da saúde e depois, afinal, já não era bem assim, este é o Governo que admitiu fechar a refinaria da GALP em Matosinhos e agora diz que essa é só uma possibilidade em estudo.

Mas também o que é que se pode esperar de um Executivo que nem consegue organizar uma lista de professores? Se calhar, deviam voltar todos para a escola.

Enquanto “isto” vai assim, Portugal tem quase meio milhão de desempregados.

A retoma deve estar do lado de lá da ponte… bolas que é comprida.