domingo, maio 27, 2007

Pois é...

Domingo, 8h30... Depois de ver o terceiro acidente da manhã, pergunta-me o taxista: "Onde é que está o trânsito para haver tantos acidentes?".

"Há cada selvagem a conduzir!", conclui o homem, já furioso.

Não respondi ao senhor, mas confesso que sempre me fez confusão o número de acidentes e vítimas nas estradas portuguesas.

É certo que a sinalização é péssima e as estradas são más mas, seguramente, há muita culpa dos condutores.

Por mim - que não tenho carta - acho que todos os condutores deviam voltar às escolinhas de condução para realizar testes de "reciclagem".

quarta-feira, maio 23, 2007

"Democracia" "rosa"

Que o mundo não é cor-de-rosa já se sabia, mas algo vai muito mal no nosso país quando uma “piada de mau gosto” “dá” suspensão e processo disciplinar a professor.

O facto da anedota ter como “actor principal” o Primeiro-ministro, tudo se torna ainda mais grave.

Ao que se sabe, o professor em causa fez um “comentário jocoso” sobre José Sócrates no gabinete, comentário esse que foi ouvido por outra pessoa que terá feito queixa.

O Ministério da Educação considerou “ofensivo” o comentário e o professor está em maus lençóis, muito por culpa de um “amigo bufo”, ao velho estilo da PIDE.

Ora, se já nem no gabinete se pode ter “licença” para dizer uma piada, seja sobre quem for, incluindo um qualquer Primeiro-ministro, então algo de efectivamente grave se passa.

Fica também por saber se, de todo, não se pode fazer piadas sobre Sócrates ou se só não pode fazer comentários quem for do PSD.

Pensava eu, na minha inocência, que Portugal era um país democrático, com “liberdade de expressão”, mais de 30 anos depois do 25 de Abril.

Afinal, se calhar, enganei-me e isso deixa-me muito preocupado.

terça-feira, maio 22, 2007

Diferenças

De vez em quando sabe bem sair da grande cidade para ir "arejar a cabeça".

E nem sequer é preciso ir muito longe: duas horas e pouco de caminho são suficientes para "entrar noutra dimensão".

Aqui chegados... as diferenças são abismais e, não, não estou a falar de capacidade financeira ou condições de vida.

É verdade que não há algumas modernices como a TV Cabo e que é difícil ter rede de telemóvel, mas isso, como diz a outra, "não interessa nada".

Para além do ar puro que se respira na aldeia e na serra ali ao lado, o que mais impressiona é o comportamento das pessoas: Quase todos se conhecem, todos se cumprimentam e, quando a chave está na porta, todos podem entrar sem pedir licença.

E depois é quase inacreditável a generosidade dos amigos e vizinhos: "Olha, toma lá umas cerejinhas", "Está aqui uma dúzia de ovos" ou "Sei que gostas deste arroz doce"... São ofertas, desinteressadas, sem pedir nada em troca.

Foram 46 horas na aldeia... como é bom saber que ainda há sítios assim.

segunda-feira, maio 14, 2007

Ninguém merece...

Viver num "Bairro da Desgraça".

O nome diz tudo... estamos, obviamente, a falar de um bairro de barracas, desta vez em Coruche.

A Polícia Judiciária deu a conhecer uma operação, realizada pela Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes, neste bairro e, ao que parece, a "colheita" foi proveitosa.

Diz a Lusa:

Além de "pequenas quantidades" de cocaína e heroína, parcialmente já embaladas em doses individuais, as autoridades policiais apreenderam uma pistola de guerra 9mm, duas pistolas 6.35, um revólver 3.57 magnum, duas caçadeiras, uma pistola de gás e "elevado número" de munições.

Foram ainda apreendidas "elevadas quantidades" de dinheiro em notas de euro e de artefactos e peças de ouro, bem como cinco viaturas automóveis e um motociclo de alta cilindrada.

No âmbito da operação em causa, foram efectuadas várias buscas domiciliárias e detidos cinco homens e quatro mulheres, com idades entre 25 e 43 anos, por suspeitas de tráfico de estupefacientes e posse de armas proibidas.

Como é que se melhora a situação e se acaba com estes casos? Não sei.

Talvez não fosse mau começar por mudar o nome dos bairros.

quarta-feira, maio 09, 2007

Cruzes, canhoto

Sim, é verdade, eu escrevo com a mão esquerda e, confesso, sempre me fizeram impressão as definições e “estórias” que fui ouvindo e lendo sobre os que “padecem do mesmo mal”.

Lembrei-me disto mais uma vez ontem quando tentei cortar uma folha com uma tesoura de “normais” e, claro, não consegui.

É verdade que há uns anos chegou a haver uma loja só com produtos para “canhotos”, mas a coisa faliu. Deve ser do “azar” que está ligado à palavra.

Reparem só o que diz o dicionário quando se procura a palavra “canhoto”: “Esquerdo, sinistro, falto de habilidade, desajeitado, demónio”.

Simpático, não?

A “maldição” continua se fizermos uma simples busca no Google.

Para os egípcios, “o olho esquerdo do Sol” era considerado o mal e o Diabo;

Buda diz que o caminho para o Nirvana se divide em duas partes e o da mão esquerda representa a maneira errada de viver e deve evitar-se;

Nos países muçulmanos e na Índia a mão direita é a “mão limpa”;

Isto já para não falar da “sorte” que dá “entrar com o pé direito”.

Para me vingar, se calhar, daqui a uns dias faço um “post” com os aspectos positivos – pois que os há – de ser canhoto.

sexta-feira, maio 04, 2007

Há dias assim...

Quando se está em maré de azar, não há nada a fazer e parece que se entra numa versão "light" da "Lei de Murphy".

O meu dia de hoje começou mal e acabou pior.

Primeiro dormi mal, o que se agravou porque tinha que me levantar cedo, depois perdi o comboio e cheguei em cima da hora (literalmente) ao local onde tinha que estar.

A seguir passei a tarde a lutar com computadores e minidisc que me dificultaram a vida durante seis horas, o que me fez ganhar uma grande dor de cabeça.

Como se não bastasse, ainda tive um encontro imediato e próximo com um passeio "em obras" e, mais à frente, quase fui atropelado por um "chico-esperto" que não respeitou a passadeira.

Já "com os azeites", para não dizer pior, apanhei um táxi para casa. Paguei, desconfiado porque achei o preço exagerado, sai do carro e quando meto a mão no bolso... não tinha o porta-chaves.

O taxista nunca mais o vi e, vários telefonemas depois, para todas as empresas de Lisboa, desisti e lamentei a puta de sorte de um dia como o de hoje.

Mas porque é que não pedi a merda da factura?